O Júri Épico é um projeto que reúne anualmente grandes nomes do cenário jurídico nacional para a
realização de um Tribunal do Júri com temática de cunho histórico, social ou literário, para que de forma
interdisciplinar, a ciência do Direito ganhe vivacidade, despertando na comunidade acadêmica e nos
profissionais da área o encantamento pela argumentação e a capacidade de ampliação do conhecimento,
de modo que este perpasse o contexto artístico, cultural, filosófico e antropológico.
Trata-se de um evento de cunho processual, no qual haverá o conselho de sentença, que emitirá o
veredicto, acerca das acusações que pesam contra o réu. Haverá a participação de atores que encenarão os
personagens primordiais do caso.
É necessário ainda ressaltar que o projeto se trata de um instrumento didático, de grande valor, dada a
importância atual das metodologias ativas, no entanto, o mesmo não tem o objetivo de julgar de forma
vinculante ou que de fato venha impactar os dados históricos.
Trata-se de uma discussão de cunho interdisciplinar (jurídico, processual, cultural, artístico,
argumentativo e sociológico), ilustrada por um contexto histórico que não pode ser analisado em sua
profundidade, complexidade e à luz do seu próprio contexto, mas que apesar da supracitada limitação, se
consolidada como uma eficaz forma de aprendizagem e uma belíssima celebração cultural, perpassada
pela ciência jurídica.
Objetivo Geral
O objetivo do Júri Épico histórico é gerar a interdisciplinaridade entre o
direito, a cultura e a arte.
Objetivos específicos
a) Fomentar a pedagogia jurídica através de metodologias ativas e práticas
interdisciplinares.
b) Analisar a atuação das instituições jurídicas na realização do processo do
Tribunal do Júri, através de um caso histórico, que tenha grande repercussão
na sociedade atual.
c) Despertar o interesse acerca do ensino do Direito de forma contextualizada
na sociedade, superando o dogmatismo e propiciando reflexões
hermenêuticas.
d) Integrar a comunidade acadêmica de diferentes instituições de ensino –
faculdades e universidades – bem como as instituições jurídicas – Tribunal de
Justiça, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e Defensoria
Pública, em um processo de aprendizagem interdisciplinar, dinâmico e eficaz.
Publico alvo
Acadêmicos, historiadores, Profissionais do direito, e o
público em geral
Média de público
a) Presentes: 600 a 700 pessoas
b) YOUTUBE: 1.500 A 2.000 visualizações
c) INSTAGRAM: em media 42 mil pessoas
2019 – Lampião
O evento repercutiu nacionalmente, em jornais de todo o país, como Folha de São Paulo,
Correio Braziliense e Diário de Pernambuco e foi ainda matéria do Fantástico, na Rede
Globo. O evento consolidou-se como o maior evento acadêmico jurídico da história do Vale
do São Francisco.
No ano de 2019, o projeto trouxe ao banco dos réus o Virgulino Ferreira, Lampião, realizado
em 31 de outubro, no Centro Cultural Dom Bosco, reuniu cerca de 800 pessoas, sendo que
mais de 1.000 que fizeram inscrição não tiveram como participar, em razão de limitações
físicas do espaço.
2020 – João Grilo
Em 2020, figurou no banco dos réus, a iconográfica figura de João Grilo, presente fortemente na literatura de cordel e
na obra de Ariano Suassuna. Tal figura ensejou a discussão acerca dos dilemas éticos, tramas e o cometimento de
crimes para a sobrevivência em situações de miserabilidade.
Aproximadamente 600 pessoas compareceram ao Buffet Maria Leite para participar do projeto, que neste ano, em
especial, em razão da pandemia do Covid-19, o formato do Júri Épico se ajustou para o formato de LIVE, sem a perda da
beleza artística, com a mesma profundidade acadêmica e jurídica, contando com a presença física apenas dos atores,
juristas e técnicos de transmissão. Esse formato permitiu que o evento se tornasse ainda mais abrangente, sendo
disponibilizado na íntegra, ao vivo, nacionalmente.
2022 – Cabeleira
No dia 11 de novembro, houve a solenidade de abertura com autoridades locais,
seguida por apresentações artísticas e palestras sobre o Cangaço e Direito
Penal, no dia 12, ocorreu o Júri Épico, com oitiva das testemunhas, depoimento
do réu e debates das bancadas de acusação e defesa, bem como a sala secreta
na qual os jurados emitiram o veredicto, no qual o réu foi absolvido. Durante
todo o evento houve a feira cultural e gastronômica, bem como a apresentação
de artistas locais.
A terceira edição do projeto, foi realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2022,
reuniu mais de 80 juristas de vários estados brasileiros, artistas, pesquisadores
e historiadores do cangaço. Esta edição contou com mais de 1.000 inscritos para
a modalidade presencial e cerca de 100 mil acessos, ao vivo, pelo Youtube.
O Júri 2023, é um projeto de celebração! Trouxe como testemunhas
grandes nomes da história do sertão, como Luiz Gonzaga, Beata
Maria Araújo, Dom Malan, Cardeal Arcoverde, Floro Bartolomeu,
Coronel Acioly e até Luís Carlos Prestes.
O corpo jurídico contou com cerca de 45 palestrantes e bancas de
defesa e acusação e ainda aproximadamente 50 artistas, sejam
como atores, músicos, poetas, autores, dançarinos, entre outros.
O Júri Épico 2023,trouxe ao banco dos réus a figura do Padim Ciço,
grande líder religioso, de devoção popular do povo nordestino. Foi
perpassado por uma trama de envolvimentos políticos, históricos,
jogos de poder, bem como de fé, paternidade e acolhimento em meio
as desventuras de um sertão vitimizado pela seca.
A edição de 2023,foi em comemoração aos 100 anos da nomeação da
Dom Antônio Maria Malan, como Bispo Diocesano de Petrolina.
Comemorando igualmente os 100 anos da Criação da Diocese de
Petrolina e a perspectiva da construção da Igreja Catedral do Sagrado
Coração de Jesus, no coração de Petrolina.
2023 – Pe. Cícero
2024 – Corisco
O projeto reuniu grandes juristas, historiadores, artistas, músicos e atores, no anseio de
valorizar a arte, cultura, tradições e valores locais, sem perspectiva de reescrever a
história, mas de despertar a interdisciplinaridade.
Em 2024, a primeira edição do Júri Épico, aconteceu na cidade de Piranhas em Alagoas, nos
dias 12 e 13 de abril, perpassando a Fazenda Patos, local em que o personagem CORISCO,
cometeu o massacre da família Ventura, induzido pelo coiteiro Joca, a supostamente,
vingar o massacre de Angicos.
2024 – Nego d’Água
A lenda do Nego d’Água é uma história popular brasileira que tem suas
origens na região do Rio São Francisco, especialmente nas cidades
ribeirinhas do Nordeste. A figura do Nego d’Água é muitas vezes descrita
como um ser mítico, meio homem, meio peixe, que vive nas profundezas do
rio.
Segundo a lenda, o Nego d’Água é um guardião do rio,
protegendo-o contra aqueles que tentam explorá-lo
ou destruí-lo. Ele é conhecido por pregar peças em
pescadores e navegantes, balançando seus barcos,
arrancando suas redes de pesca e até afundando
embarcações que ele julga serem uma ameaça ao rio.
Há várias histórias contadas pelos ribeirinhos sobre
encontros com o Nego d’Água. Algumas pessoas
afirmam que ele pode ser amigável se for respeitado,
ajudando pescadores a encontrar peixes e até
salvando vidas de náufragos. No entanto, ele também
pode ser vingativo, punindo aqueles que poluem ou
destroem o ambiente natural do rio.
O Nego d’Água é um símbolo da resistência e da
ancestralidade afro-brasileira, trazendo à tona
elementos culturais e espirituais das comunidades
negras que vivem ao longo do Rio São Francisco.
Petrolina –
Pernambuco
15 e 16 de Novembro