Mercado em alerta com dólar em alta e bolsa em queda

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Edição : Larissa Quintino

O Ibovespa, principal índice da B3, opera com alta de 1,3%, e o dólar cai 0,75%, sendo vendido a 5,25 reais até o meio do dia. Esse movimento é impulsionado pelo crescimento nos preços das commodities, especialmente do petróleo e do minério de ferro, e é reforçado pelo desempenho positivo das principais bolsas internacionais. Os investidores estão atentos às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além disso, no cenário internacional, o Banco Central Europeu exclui os juros em 0,25 ponto percentual .

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PROCURAM-SE INVESTIMENTOS

O repórter Diego Gimenes entrevistou Cláudio Frischtak, economista e presidente da Inter B. Consultoria, para o programa VEJA Mercado desta quinta-feira. O especialista afirmou que o Brasil está estagnado na busca do chamado grau de investimento pelas agências de classificação de risco. Frischtak julga como baixa a taxa de investimentos no país em relação aos pares da América Latina e cita a insegurança jurídica como o principal ponto negativo para a atração de capital . Os economistas consideram que não só a valorização do dólar, mas também a volatilidade do câmbio e a fragilidade fiscal impedem uma melhoria mais rápida da economia. Ele também avalia que o governo ainda não recebeu a importância do ingresso do Brasil na OCDE para o destravamento e a abertura da economia brasileira. Para não perder nenhuma edição do programa, siga o canal de VEJA no YouTube e também no Spotify .

RISCOS DE INFLAÇÃO

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse durante um evento em São Paulo que as expectativas de inflação, que têm piorado consistentemente, se colocam como a parte mais desafiadora da política monetária , apesar do retrato atual mostrar um índice de preços “comportado “. Segundo ele, “a inflação corrente está vindo comportada com as expectativas desancoradas”. Campos Neto listou uma série de ruídos que apontaram para o cenário atual, que dificultam as decisões de política monetária: a política fiscal, a condução da transição do BC, riscos políticos e as enchentes no RS são fatores que estão atrapalhando com os ânimos do mercado

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