Buraco sem fundo da Codevasf: PF diz que acusado de desviar verbas com Juscelino Filho tinha cartões e carimbos de laranjas

Acusado de operar um esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA, foto), o empresário Eduardo José Barros Costa guardava em casa pelo menos 16 cartões bancários e dois carimbos de empresas diferentes, registrou a Folha de S. Paulo.

Os itens apreendidos pela Polícia Federal indicam que Eduardo DP, como é conhecido, controla uma rede de empresas de fachada para fraudar contratos no Maranhão.

Segundo a PF, os carimbos registram Eduardo José Barros Costa como “diretor presidente” das empresas Construservice e Topazio, embora ele negue. No relatório entregue ao STF, os investigadores dizem que o material “confirmou a propriedade de fato”.

Juscelino Filho e Eduardo DP são acusados de estabelecer uma relação criminosa para desviar recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Mensagens de 2017 a 2020, encontradas no celular do empresário, mostram uma “intensa tratativa” entre Juscelino e Eduardo sobre a execução de obras pagas com emendas.

O relatório também diz que a Construservice se tornou a segunda maior beneficiada da Codevasf devido ao uso de laranjas.

“Para alcançar esse tamanho, ‘Eduardo DP’ conta com um conglomerado de empresas de fachada, além de tentáculos na própria Codevasf e em prefeituras que firmam convênios com a referida empresa pública”, afirma o documento.

Iniciada em 2021, a investigação teve a sua primeira fase ostensiva deflagrada em julho de 2022, com a Operação Odoacro. Em setembro de 2023, a PF deflagrou a Operação Benesse. Na ocasião, Luanna Resende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão, foi um dos alvos

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