UNIVASF E SINDUNIVASF REALIZAM PRIMEIRA REUNIÃO DA MESA SINDICAL

blogqspunivasfsindunivasf0Há pouco mais de dois meses de instalada a Mesa Sindical na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o vice-reitor Telio Nobre Leite recebeu na última sexta-feira (5), dirigentes da Seção Sindical dos Docentes (Sindunivasf), o presidente Fernando Souto, o segundo tesoureiro Antonio Pereira Filho, e membros do movimento criado no ano passado durante a paralisação da categoria – o Comando de Greve – representado pelos professores Nilton de Almeida e Claudio Almeida para a primeira reunião da Mesa Sindical.

A agenda envolveu mais de dez temas, entre os quais, a representação docente nos Conselhos de Curadores e Universitário; remuneração para os docentes, por trabalho realizado em concursos públicos promovidos pela Univasf; cessão de área para abrigar a sede da Sindunivasf e a reforma administrativa, cuja discussão será realizada ainda este ano pela universidade.

Durante a reunião, os temas propostos pela gestão da Univasf e sindicalistas transitaram por tratativas e discordâncias, a exemplo da aprovação pelo Conselho Universitário (Conuni) de adesão da Univasf à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) como entidade proponente de apoio à gestão dos hospitais de ensino das instituições federais. “Sabemos que aqui temos outras especificidades”, avaliou o presidente da Sindunivasf ao se referir a adesão da Univasf à Ebserh. Ele disse ainda: “Nós fomos pegos de surpresa, justamente pela rapidez e pela falta de discussão sobre um tema tão importante como este”, afirmou Fernando Souto.

De acordo com o vice-reitor, a adesão à Ebserh não inviabiliza o debate sobre o tema. “O próprio Conuni que deliberou pela adesão, sem votos contrários, também decidiu criar um grupo de trabalho com esta finalidade”, argumenta Telio Leite. Ele destaca que o tema Ebserh já vinha sendo mencionado nas reuniões do Conuni, desde o ano passado e que também foi incluído na Agenda 2013 da Reitoria. “No início do ano divulgamos a Agenda 2013 da Reitoria. Em janeiro, também informamos à Diretoria da Sindunivasf a nossa opção pela adesão à Ebserh, até porque avaliamos como única opção no âmbito do MEC, atualmente, para contratação de pessoal para os novos hospitais universitários federais, mas também reconhecemos a necessidade de uma discussão mais ampla com a comunidade acadêmica; agora caberá ao sindicato fiscalizar e participar dessa interlocução com todas as instâncias envolvidas. De nossa parte sempre estaremos abertos ao debate”, salienta Telio Leite.

Sobre a representação docente no Conselho Universitário (Conuni), o vice-reitor apresentou alternativas para atendimento ao pleito da categoria. Ele foi enfático ao afirmar a atenção da Reitoria para que a alteração não configure prejuízos ao quantitativo atual de representantes dos outros segmentos no Conuni, que é definido em função do número de docentes. Ele sugeriu que o sindicato apresente uma proposta formal para ser apresentada aos conselheiros, em sessão extraordinária do órgão, marcada para o próximo mês de maio.

Também foi ponto de pauta, a identificação de uma área da Univasf para a construção da sede da Sindunivasf, pedido acolhido pelo vice-reitor que assumiu o compromisso de verificar a viabilidade de cessão, em regime de comodato, de um terreno de propriedade da Univasf. Além disso, já foi deliberada a destinação de um espaço dentro do Campus Sede, sem ônus para a entidade sindical, que ficará responsável apenas pelos custos com energia e água. A ocupação do espaço, conforme a Sindunisvasf, deverá se concretizar logo que a Celpe aceite instalar equipamento de aferição de consumo de energia no local, ainda não autorizado pela companhia. A criação de Grupos de Trabalho para acompanhamento das propostas encaminhadas pela Mesa Sindical foi consensual entre as partes. Com propósito similar, os sindicalistas definiram com a gestão da universidade prazos para os encaminhamentos da Reitoria referentes à ‘Pauta de Reivindicações Locais da Sindunivasf.

“A gente tem um documento base que é um dos documentos mais importantes da Sindunivasf que é a pauta local, construída ao longo da greve. Desde a greve a gente entregou este documento em várias versões à Reitoria até a forma final que é um caderninho de reivindicações. Pela primeira vez hoje nós sentamos para discutir como vai ser a resposta da Reitoria a este documento”, destacou Fernando Souto. A resposta, conforme acordado, será documentada em relatório que deverá ser elaborado pela Reitoria e encaminhado à Sidunivasf em até 60 dias. Outras proposições apresentadas na reunião discorreram sobre a unificação da agenda temática com observância às particularidades de cada campus.

“Esta primeira reunião ratifica a importância dos canais de diálogo com todos os segmentos; demonstra o amadurecimento político da comunidade acadêmica. Enquanto gestão, avalio este espaço não como instrumento de consenso, mas como ferramenta imprescindível para uma gestão participativa que sempre defendemos. Estamos avançando, enfrentando as tensões naturais desse processo de amadurecimento político e de pleno exercício da democracia em nossa universidade”, avaliou o vice-reitor Telio Leite.

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