Bolsonaro entre acusações, investigações e estremecida com evangélicos

Bolsonaro entre acusações, investigações e estremecida com evangélicos: confira no Bem Viver
O ex-presidente está sendo citado em CPMI, investigado pelo STF e sendo deixado de lado por fiéis religiosos

Enquanto responde processo que corre dentro do inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF), o nome de Jair Bolsonaro (PL) ecoa em acusações na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de Janeiro. Diante de denúncias de corrupção e possibilidade de condenação e até prisão do ex-presidente, a base evangélica que o apoiou nos últimos anos começou a adotar postura mais reservada.

O Bem Viver desta terça-feira (29) faz um balanço na situação de Jair Bolsonaro após o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar, no último dia 30 de junho, a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por oito anos. A decisão foi tomada por reconhecer a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores no dia 18 de julho do ano passado.

Nas últimas semanas, Bolsonaro foi alvo de acusações que colocam sobre ele a responsabilidade de encomendar uma fraude no sistema eleitoral brasileiro ao hacker Walter Delgatti. Surgiram também evidências ainda mais consistentes sobre o envolvimento do ex-chefe da nação com um esquema criminoso de venda internacional de joias pertencentes ao Estado brasileiro.

Para o sociólogo, especialista em política e religião e diretor do Observatório Evangélico, Vinicius do Valle, o avanço do cenário pode intensificar o silêncio de setores da base evangélica.

“Após o momento em que Bolsonaro perdeu as eleições, ele continuou podendo aglutinar forças em torno de si. Inclusive, colocando narrativas de que, eventualmente, algo poderia acontecer, insinuando o que acabou se materializando no 8 de janeiro, uma tentativa de golpe que falhou. Depois dessa data, vimos que os grupos começaram a se afastar do Bolsonaro”, pontua.

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A edição do Bem Viver também detalha que no âmbito do STF o ex-presidente responde não apenas pelo escândalo da venda ilegal de joias. A corte trabalha com quatro linhas de investigações: os atos antidemocráticos, os ataques ao processo eleitoral, a disseminação de desinformação durante a pandemia e a tentativa de golpe de Estado. Há também inquérito sobre o suposto envolvimento do capitão reformado em um esquema de fraude nos seus registros de vacinação contra a covid-19, usado em viagens ao exterior.

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