Dinheiro do povo entrando pelo cano através da Codevasf do Centrão

NATÁLIA PORTINARI/Metrópole

As doações de materiais feitas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na Bahia são ineficientes, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre uma compra do órgão em Bom Jesus da Lapa (BA).

A CGU analisou a doação de 294 mil tubos de PVC, comprados por R$ 10 milhões pela Superintendência na Bahia por pregão eletrônico em 2021.

Os itens foram doados para prefeituras e associações. A CGU visitou alguns desses lugares e descobriu que a maioria dos tubos não foi usada. Cerca de 80% estavam armazenados nas sedes dos órgãos que receberam a doação.

Além disso, outro aspecto chamou atenção. Observou-se que “cinco dos oito beneficiários visitados não tinham projeto ou destinação definida para os objetos recebidos em doação”, ou seja, a doação não tem uma finalidade clara.

“A atuação da Codevasf não se revestiu de planejamento. Conforme exposto ao longo do relatório, a empresa não possui banco de projetos e não selecionou ou priorizou projetos com base em critérios técnicos”, concluiu a auditoria.

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