Que a presidência da República é o objetivo mais importante, nem o mais parvo dos petistas duvida, mas, se é preciso que Lula venha a público dizê-lo, é porque antevê, na sua condição de “raposa” reconhecida até por Michelle Bachelet, que somente a ampla aprovação popular de Dilma Rousseff não é garantia de sua reeleição.
A pulverização das incertezas políticas preocupa, e não se sabe quando incidirá um novo fator. Por exemplo, as recentes manifestações, sem contestação ou reparo, de risco de rompimento nas hostes do PSC e PR – coisa relativamente pequena, mas de elevado valor ponderado.
Lula conhece a teoria da galinha, que cisca para fora, deixando que partículas preciosas se percam naquele espásmico jogo de pernas. Desde que chegou ao poder, ao contrário, ele exibe uma enorme capacidade de ciscar para dentro, e por enquanto, no caso das sucessões estaduais, está na fase democrática, não incorporou ainda o comandante.
No plano aberto, o ex-presidente confronta os problemas enfrentados por seu partido em Estados que governa com as movimentações presidenciais do governador Eduardo Campos, do senador Aécio Neves, da ex-senadora Marina Silva. Só não sabe o que será da economia no ano eleitoral, depois de um 2013 que se insinua ameaçador.
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