247 – O general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa bolsonarista e ex-ministro da Defesa, “tem certeza” de que será o próximo alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal e já pediu, na última quinta-feira (11), uma reunião com o advogado do PL, Marcelo Bessa, para tratar sobre o assunto, informa a colunista Thaís Oyama, do UOL.
Nos bastidores, Braga Netto está “muito preocupado” com seu destino diante das novas revelações da PF, que prendeu o ex-major do Exército Ailton Barros e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Além disso, a corporação obteve áudios que colocam outro militar ligado a Bolsonaro, o coronel Elcio Franco, no centro da intentona golpista. Vale lembrar que Elcio Franco era conhecido como o braço direito de Braga Neto.
Segundo a colunista, asessores do general interpretam que a PF está numa disputa com os militares por poder no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a entrada do Braga Netto nas investigações seria reflexo dessa disputa.
No entanto, fortes indícios já apontados mostram que o militar não precisa de “disputas de poder” para ser incluído nas investigações. Por exemplo, logo após os atos terroristas bolsonaristas de 8 de janeiro, interlocutores de Jair Bolsonaro e de Anderson Torres afirmaram que o Braga Netto havia liderado reuniões em Brasília (DF) para discutir um golpe contra a eleição de Lula.