MPF investiga ONG de Daniel Alves por recebimento de R$ 6,2 milhões do governo federal

Por Redação do ge —

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para investigar o lateral-direito Daniel Alves, convocado para a Copa do Mundo do Catar, e o ex-jogador Emerson Sheik pelo recebimento de R$ 6,2 milhões através de ONGs até então inativas e recém assumidas.

A informação foi noticiada primeiro pela Veja e confirmaa pelo ge – as partes foram procuradas pelo ge e, caso se manifestem, terão suas posições acrescentadas na matéria.

A reportagem apurou que há suspeitas de envolvimento do alto escalão do Ministério da Cidadania e da Secretaria Nacional de Esportes. As relações de Daniel Alves e Emerson Sheik com as ONGs foram noticiadas pelo jornal Folha de S. no início do abril.

Segundo a reportagem, a suspeita é que as organizações estavam inativas e foram assumidas pelos jogadores com o objetivo de driblar exigências legais para o recebimento de verba pública. As chamadas “ONGs de prateleira”, de acordo com o jornal, têm sido usadas para “escapar da regra que estabelece a necessidade de as entidades da sociedade civil existirem há pelo menos três anos para firmar acordos com o governo federal”.

Daniel Alves foi o capitão da seleção brasileira no amistoso contra o Japão, em junho — Foto: Getty Images

Daniel Alves foi o capitão da seleção brasileira no amistoso contra o Japão, em junho — Foto: Getty Images

O objeto do inquérito, aberto no último dia 7 de novembro, é “apurar possíveis irregularidades no repasse de R$ 6,2 milhões do orçamento federal, por meio da Secretaria Nacional de Esportes, a duas ONGs, até então inativas e recém assumidas pelos jogadores Emerson Sheik e Daniel Alves”.

A ação foi aberta pelo procurador Paulo José Rocha Júnior na portaria IC nº 138. Em abril, o ge noticiou que o diretor da mesma ONG presidida por Daniel Alves, o Instituto DNA, Maurício Carlos dos Santos, foi investigado em inquérito que apurou desvio de dinheiro público da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW). Segundo a PF, Maurício era o responsável pelo pagamento de propina que girava em torno de 15% de contratos das confederações.

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