A FÁBULA DO DETRAN E AS PROEZAS DE VOVÓ CONCHITA.

*Jaime Badeca
blogqspjaimebadecaHá poucos dias aconteceu o Festival do Umbú no vizinho e querido município de Uauá. O evento contou com a participação de importantes lideranças estaduais e regionais.

Além dos doces e geleias, quem protagonizou a festa foi a caravana de lideranças de Juazeiro que foram pedir ao governador e aos senadores a revogação de uma portaria, que, de forma desarrazoada e sem explicação, transferia e centralizava em Feira, Conquista e Salvador a inspeção veicular para taxistas, mototaxistas, transportes escolares e outras categorias.

Revogada a portaria, instalou-se a polêmica: quem é o pai da criança? O vereador, o deputado, o Papa, quem afinal ? Esse factóide me faz lembrar as estórias de vovó Conchita.

Conta-se que numa grande família, em momentos festivos e de reunião, costumava desaparecer pequenos pertences de um e de outro. Uma chave, uma carteira, um celular. O dono procurava, não achava e ficava furioso. Quando o estresse atingia a todos e chegava ao limite, vovó Conchita achava o objeto e a paz voltava a reinar.

O fato se repetia sempre, até que, numa bela tarde, Zezinho, garoto esperto, percebeu quando vovó Conchita pegou uma penca de chaves de seu pai em cima da mesa da sala e a guardou numa gaveta do quarto. Quando a crise se instalou, Zezinho se antecipou e disse: _ vovó sabe onde está, ela guardou numa gaveta do quarto. Foi assim com a portaria do Detran, primeiro se criou a dificuldade, para depois se dar a solução e agradar a todos.

*Jaime Badeca Filho é advogado e cronista

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