A coordenadora do programa, Laécia Souza, explica que as crianças e adolescentes poderão se inscrever em núcleos que não correspondam necessariamente à escola que estudam. “Os núcleos do PST podem funcionar nas próprias escolas e em espaços alternativos como associações de moradores e clubes sociais. Então para realizar as atividades no contra turno de aula, os alunos devem procurar os locais mais próximos das suas casas”, explicou.
Nos núcleos são oferecidos no mínimo, a cada turma, duas modalidades coletivas, uma individual e uma atividade complementar (arte, dança, reforço escolar, etc.), três vezes por semana, compondo 24 horas por mês. “Os alunos participam de todas as atividades disponíveis no seu núcleo. O interesse inicial é sempre maior pelos esportes, mas aos poucos eles vão gostando das outras aulas. O objetivo maior do programa é complementar a educação básica e oferecer mais oportunidades”, complementou a coordenadora.
No Ginásio de Esportes, por exemplo, funcionam três núcleos que atendem 300 crianças, abrangendo os bairros Lomanto Júnior, Novo Encontro, Parque Centenário e Olaria. Neste espaço são oferecidos futsal, vôlei, basquete, atletismo, handebol e reforço escolar. Alexandre Madric tem 12 anos, cursa a 6ª série e para ele o mais legal do Segundo Tempo são as aulas de futsal, “adoro praticar esportes, e já jogo futebol há um tempo. Apesar de ter começado agora já posso dizer que tenho gostado bastante”. O menino, que freqüenta este núcleo, afirmou estar entusiasmado com o programa e disse que vai se dedicar bastante.
Todo o calendário de ações do PST até o próximo ano já está montado, inclusive com as datas de formações continuadas dos profissionais envolvidos no programa. Mais de 150 coordenadores e monitores foram contratados, de acordo com as exigências do Ministério do Esporte. Entre estas estavam a obrigatoriedade da graduação em Educação Física para os coordenadores, e os monitores deveriam estar cursando educação física ou serem graduandos de áreas afins às atividades extracurriculares desenvolvidas.
“Estou muito feliz de poder participar desse projeto. Gosto muito de trabalhar com crianças mais carentes, porque elas têm a gente meio que como pai. Nós acabamos assumindo muitos papéis, além de professores muitas vezes nos tornamos psicólogos por exemplo. Acredito que o esporte é um instrumento educacional muito capaz de formar cidadãos de caráter, e de tirar muitos adolescentes das drogas e da marginalidade”, revelou o coordenador Elder Binga da Rocha.
Ascom/PMJ