Samu recebeu mais de 28 mil trotes em 2010 e os números em 2011 já passam de oito mil

 


Apesar de diversos alertas feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) durante todo o ano de 2010 , o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) iniciou o ano de 2011, mais uma vez, registrando um alto índice de números de trotes em Petrolina. Preocupada com os problemas e prejuízos que esta prática pode ocasionar, a SMS trabalha mais uma vez procurando conscientizar a população. Somente nos três primeiros meses do ano, o serviço já registrou mais de oito mil trotes.

Apesar de ser considerado crime, de acordo com o Art.266 do Código Penal, onde diz que interromper ou perturbar serviço telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento pode gerar pena de detenção de 1 a 3 anos e multa, a prática do trote torna-se cada vez mais comum nos serviços essenciais à população, como Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil. Segundo as estatísticas do Samu, em 2010 foram computados um total de 28.953 falsas ligações. Já em 2011, entre janeiro, fevereiro e março, já foram registrados 8.312 trotes. Comparando ao mesmo período do ano passado, o acréscimo foi de 6.56%.

O Samu desenvolve constantemente campanhas educativas, que procuram conscientizar toda a população, em especial crianças e jovens. O serviço recebe diariamente convites de escolas para que os profissionais ministrem palestras com o intuito de debater e esclarecer os prejuízos causados pelos trotes, além de demonstrar em quais situações o Samu deve ser acionado. “Já identificamos alguns bairros e já começamos a trabalhar nestes locais, inclusive, contando com o apoio do Samuzinho, onde um dos pontos de atuação é o trote e eles atuam justamente como agentes multiplicadores dessas informações”, avaliou o coordenador geral do Samu, Tiago Acioli.

O coordenador ainda explicou que essa é uma prática comum, principalmente, em horários específicos. “Os intervalos dos recreios e no final das aulas são os momentos onde mais recebemos falsas ligações. Também conseguimos identificar quais as localidades de onde partem a maior parte das ligações”, complementou. O coordenador ainda informou que os profissionais também são treinados justamente para identificar quando uma ligação corresponde a um falso chamado. Outras medidas também já estão sendo estudadas e, em breve, serão colocadas em prática para coibir ao máximo a prática.

Para a Secretária de Saúde, Lúcia Giesta, a população deve ter plena consciência sobre os prejuízos que os trotes podem causar. “São danos que vão desde gastos materiais, devido ao deslocamento das ambulâncias e dos profissionais, até as consequências mais graves, quando uma unidade se desloca para uma falsa ocorrência, enquanto um outro paciente pode estar realmente precisando de uma ambulância, mas ela não se encontra na base do Samu”, explicou. 

 

 Texto e foto: Ascom Petrolina

 

 

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