Tentei não expor o que penso sobre a “política” de Curaçá, e não vou aqui falar o que hoje é costumeiro nos sites de relacionamentos onde ficam os gladiadores defendendo seus grupos partidários e cargos. Eles acham que isso é fazer política!
Política para mim vai mais além do que partido político, grupo ou qualquer nomenclatura que venha denominar ao que eu chamo muitas vezes de alienação, cegueira e outros mais…
Enquanto vocês postam aqui nos sites de relacionamentos, nos sites jornalísticos o que A ou B deixou de fazer, o que estamos tendo ou não de assistencialismo individualista, Curaçá vive dias de cão e fazemos vistas grossas. Sabe por quê? “O problema não é meu!”
Não vejo aqui os representantes do povo eleitos por maioria de votos e, portanto responsáveis pelo futuro da população, conclamarem o povo por reais mudanças!
Não vejo aqui os empresários preocupados, a não ser com seus investimentos e lucros pessoais, não vejo aqui as religiões preocupadas, a não ser com a disputa por fieis e ao “terrorismo” amedrontando o povo ao anunciar o dia de juízo!
Não vejo além de indiretas até grosseiras nada que venha tentar mostrar que Curaçá está no abismo!
Nós somos os responsáveis por essas crianças que vivem em praça pública dançado essas músicas que não param de colocar a mulher como objeto sexual do homem…
Vocês já pararam para pensar quantos meninos e meninas se prostituem para pagar droga?
Alguém já percebeu que a orla lugar onde poderia ser ponto turístico, ponto de encontro dos enamorados hoje não passa de uma “ cheirolândia”, motel e point de vandalismo?
Alguém já se deu conta de que muitos casos de violência física, psicológica, moral estão sendo causadas por menores?
Pois é, enquanto isso vejo servidores públicos andando em seus carrões, usando scarpane , usando slogans de governos que nos enganam. Sinto muito, não percebo real preocupação com o nosso futuro!
As escolas ? Às vezes pedem socorro! Mas a quem? A quem cabe nos ajudar?
Aí entra o que eu chamo de política! Um ato de cuidar do povo, de olhar para o povo como olhamos para nós mesmos! Buscar juntos subsídios que venham melhorar a condição de vida da nossa terra!
Governo, igrejas, empresas, comunidades, grupos, cooperativas, associações e sindicatos se unam por Curaçá!
Sei que vão argumentar dizendo que esse problema é velho! E é! Mas enquanto não tentarmos de fato amar essa terra, não ergueremos (Curaçá) pela força suprema do amor!
Enquanto vivermos nesse constante discurso ignorante de que na gestão de tal ninguém via isso, não falavam isso, pouca coisa vai mudar…
Precisamos admitir de um por um até atingir toda a população curaçaense que o problema não é meu, é nosso!
Leonnardo Araujo
boletimcuraçá