Se o PSB não o quiser, FBC vai para o PT, sem veto de Odacy

Coluna Fogo Cruzado/Inaldo Sampaio

blogqsp.ministroFBCSem mover uma palha, o ministro Fernando Bezerra Coelho viu crescer o seu cacife na Frente Popular para tornar-se o seu candidato à sucessão de Eduardo Campos em 2014.

Todo mundo sabe que o ministro vem trabalhando há muitos anos para ser governador de Pernambuco. Mas apareceu uma pedra no seu caminho em 2012 que foi a derrota do seu filho, Fernandinho, na disputa eleitoral pela prefeitura de Petrolina, que é o seu principal reduto. Isso não o tirou do jogo, mas fragilizou-o.

Com esse revés, ele ficou menos forte, internamente, para brigar com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que estaria sendo trabalhado pelo governador para disputar a sua sucessão. O ministro não lhe faz restrições. Mas poderia alegar no fórum decisório que tem mais rodagem do que ele para assumir o governo estadual. Em caso de preterição, brigaria pela vaga de senador. Mas isso também não seria fácil porque a vaga teria sido prometida a Jarbas Vasconcelos na eleição de 2012.

Sem a garantia, portanto, de que seria candidato a governador ou ao Senado pelo PSB, eis que lhe aparece uma alternativa: disputar o governo pelo PT com o apoio de Lula/Dilma se Eduardo for mesmo candidato ao Palácio do Planalto. O ministro tem histórico de pragmatismo. Deixou Roberto Magalhães em 86 para aliar-se a Arraes, deixou Arraes em 2002 para aliar-se a Jarbas e deixou Jarbas em 2006 para aliar-se a Eduardo. Uma troca a mais ou a menos não faz diferença em seu currículo.

A exaltação – O ministro Fernando Bezerra foi uma das estrelas do seminário que o PSB fez em Gravatá, na semana passada, para todos os prefeitos pernambucanos. E em seu discurso de 20 minutos ele exaltou muito mais o governo da presidente Dilma do que o de Eduardo Campos.

A futurologia – Partidários do ministro da Integração já traçam o seguinte cenário para as eleições de 2014: com ele no páreo pelo PT, o senador Armando Monteiro pelo PTB e o candidato do governador, inevitavelmente haveria dois turnos “e o 2º turno é uma nova eleição”.

Veto 1 – Novo mandachuva do PT de Petrolina, o deputado Odacy Amorim não faz nenhum tipo de restrição à entrada de Fernando Bezerra no partido. Ele foi o vice dele quando o atual ministro elegeu-se prefeito pela 3ª vez (2004) e conhece bem o seu estilo de trabalho. Já a deputada Isabel Cristina também não o veta porque foi vice dele no 2º mandato (2001-2004).

Veto 2 – O senador Humberto Costa e o deputado João Paulo receberiam de braços abertos o ministro Fernando Bezerra Coelho no PT porque nenhum dos dois tem interesse em disputar o governo estadual em 2014 contra o candidato de Eduardo Campos. Caso essa hipótese de confirme, o ministro vai exigir que o ex-prefeito do Recife seja o seu candidato a senador.

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