No decorrer da audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores nesta quinta-feira, 30, o prefeito de Salgueiro, representado pelo procurador municipal Raimundo Eufrásio, propôs que seja feito um plebiscito para que a população decida se o Campus da Univasf deve ser construído na antiga estação ferroviária. Condicionou, assim, a elaboração de projeto de doação de terreno à universidade e a um processo eleitoral que deve durar cerca de dois meses, sendo instituído por decreto legislativo.
Eufrásio leu um texto expondo a opinião do prefeito a respeito do assunto, reforçando que ele não concorda com a construção do campus na estação e informando que quer consultar os moradores do município. “Encontro-me nessa oportunidade, não para trazer uma decisão do Senhor Excelentíssimo prefeito de Salgueiro, mas para informar que Dr. Marcones quer que essa decisão seja tomada pelo nosso povo. Que a população salgueirense decida, nesse caso, qual será a melhor alternativa para a cidade, definindo o local para a construção do campus universitário, se na rede ferroviária ou se em outra localidade”, disse o emissário.
A proposta do prefeito, que soou como uma determinação, não foi bem aceita por alguns vereadores. Eles criticaram o fato de o prefeito repassar para a população uma prerrogativa que é dele e questionaram o procurador se o plebiscito traria gastos para a prefeitura, o qual disse que sim. Segundo o representante do prefeito, que não compareceu alegando outro compromisso, o plebiscito seria feito por decreto do presidente da Câmara de Vereadores e regulado pelo TSE, através da disponibilização de urnas eletrônicas.
Desse modo, a audiência que contou com participação de um professor e estudantes da Univasf, além de representantes da sociedade salgueirense, terminou sem uma definição sobre onde o campus será erguido. A comunidade acadêmica saiu do debate frustrada e ainda sem saber o local das instalações definitivas da universidade federal na cidade.