
Rua onde Mary mora em Brasília / Foto: Reprodução Google Street View
Redes sociais – Nem mesmo as denúncias na imprensa contra Mary e Wilker, publicadas até em sites de repercussão nacional, inibiram a suposta “laranja” de manter atividades nas redes sociais.
O Facebook e Instagram, pelo menos com o nome verdadeiro da investigada, não existem mais. No Twitter, no entanto, ela se solta. A biografia diz: “Produtora de eventos, balzaquiana, Flamenguista, mãe e uma eterna apaixonada”.
Além de comentar assuntos atuais, como a compra de vacina pelo governo Bolsonaro, ela publica sobre sua família. Não há, nos 2.421 tweets, nenhuma referência ao prefeito Wilker Torres ou seu irmão, o deputado estadual Tum.
Foi no Twitter que ela comemorou a doação de uma cadeira de rodas para sua filha – o que, também de acordo com a denúncia do MP-BA, é um indício da fraude na compra do terreno, uma vez que Mary não tem recurso para pagar tratamento da menina, mas fez uma compra milionária. Em 2010, ela escreveu: “Depois de 4 horas de voo e muito calor… estou em Casa Nova, Bahia, quase Pernambuco”.
Evolução Patrimonial — Promotor que atua no caso, José Emmanuel Araújo Lemos afirma que a “laranja” teve grande movimentação patrimonial com a ascensão de Wilker ao posto de prefeito. Na denúncia, ele relata que Mary e Tum são próximos e guardam “relação de confiança”.
“Constam, ainda, das pesquisas de vínculos a existência de procurações outorgadas pelo Deputado Estadual Wallison Torres (“Tum”) à Denunciada Mary Rodrigues Figueiredo, evidenciando-se relação de confiança entre eles”, narra o parquet.
No início do mês, Wilker e Mary foram denunciados pelo MP-BA pelo cometimento dos crimes de fraude de licitação, peculato (apropriação de bens públicos ou para proveito alheio) e lavagem de dinheiro.
Ldnotícias