Cotado até pouco tempo, o senador Fernando Bezerra Coelho, que se elegeu pela Frente Popular em 2014, não deve ser o escolhido. De uns tempos para cá, circulou a informação nos bastidores do governo que a base socialista não aceita FBC de jeito nenhum.
Por vários motivos: excesso de críticas ao Governo Paulo Câmara, proximidade com o presidente Jair Bolsonaro. Pesa também o fato de que, uma vez reeleito, Bezerra Coelho sairia mais forte da eleição para tentar fazer o governador, em 2026. Agora, caso fosse o indicado, FBC abortaria o nome do filho Miguel Coelho, prefeito de Petrolina e um potencial adversário de Geraldo Júlio para governador.
Outro nome ventilado nos bastidores da coligação governista – e já amplamente tratado na coluna – é o da deputada federal Marília Arraes, do PT. Esse é o desejo de Lula para Pernambuco. E o assunto será tratado na vinda do ex-presidente ao estado. Apesar de torcer o nariz, o PSB toparia a composição por dois motivos. Primeiro, para agradar Lula e tê-lo de corpo e alma no palanque de Geraldo. Depois, para que o PT novamente rife o nome da parlamentar da corrida pelo Palácio – Marília é vista como uma ameaça muito maior do que Miguel.
Há algum tempo chegou-se até a especular uma reconciliação do PSB com o ex-senador Armando Monteiro, eleito pela Frente Popular, em 2010, antes de enfrentar Paulo Câmara duas vezes pelo governo; e perder as duas. O assunto foi logo deixado de lado. Armando se filiou ao PSDB e reafirmou sua oposição aos socialistas. Tem ainda quem acredite que possa vir dos irmãos Ferreira a indicação do senador da Frente Popular. O deputado federal André Ferreira seria o nome, não o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. Outra hipótese que passou longe de ganhar força. Eles devem mesmo ficar contra os governistas.
FalaPE