#ERROnoSISU – Ações pedem mudanças imediatas no SISU

Alguns professores, muitos conhecidos na Internet, coordenados pelos Especialista em Redação e ex-apresentador da TV Escola Rômulo Bolívar e pelo Especialista em ENEM e ex-colunista de Educação do Estadão Mateus Prado estão organizando, por todo o País, ações para tentar reverter as mudanças no SISU que estão prejudicando a maioria dos estudantes que fizeram o ENEM e que agora tentam uma vaga em uma Universidade Pública.

A mudança ocorrida no SISU está fazendo com que, nas simulações de notas de corte, os alunos que já passam em sua primeira opção não sejam tirados de suas listas de segunda opção. O “erro” faz com que as notas de corte simuladas sejam, para a maior parte dos cursos, maiores do que elas vão de ser de fato quando o sistema fechar. Elas sobem, artificialmente, devido a duplicação destes alunos no SISU.O grande problema disto é que os estudantes ficam sem referências do que podem escolher como curso e/ou como Universidade e/ou Estado para estudar.

Os Professores estão falando com representantes das Defensorias Públicas de vários Estados para que os estados levem a demanda para a Defensoria Pública da União. Para a Defensoria Pública do Estado de São Paulo foi encaminhado um vídeo com a demanda dos alunos. O vídeo deverá ser apresentado nesta sexta na reunião do colegiado do órgão. Também devem falar com representantes das Comissões de Educação da Câmara e do Senado.

O Advogado Ariel de Castro Alves, especialista em Direitos da Infância e Juventude, advogado que orienta o grupo afirmou que “essa duplicidade na classificação do SISU, estabelecida pelo MEC, tem gerado exclusão e graves prejuízos aos estudantes oriundos das escolas públicas, que já foram prejudicados pela suspensão das aulas presenciais durante a pandemia.”

A mudança que o MEC promoveu no SISU fere um direito adquirido pelo aluno, o direito à simulação e à escolha de onde estudar só após ter seu resultado do ENEM. Deixa totalmente disfuncional a função de simulação e a função de escolha que o SISU sempre oferece desde 2010 para milhões de pessoas.

O presidente do Conselho Nacional de Ouvidorias de Defensorias Públicas do Brasil, Willian Fernandes, que na noite de quarta feira atendeu o advogado e o grupo, disse que “as mudanças no SISU materializam prejuízos concretos aos alunos que integram as camadas mais vulneráveis. É urgente adoção de medidas para evitar a efetivação dos retrocessos.”

Também foi elaborada um representação que será entregue hoje para a PGR por alguns deputados federais. A representação pede o retorno à versão anterior do SISU e que o sistema fique aberto, depois da mudança, por pelo menos mais 4 dias.

Mateus Prado