A campanha para prefeito do Recife era de longe a mais fria da história, com atos de campanha bastante restritos e com a disputa se limitando às redes sociais e aos meios de comunicação como televisão e rádio por conta do guia eleitoral, mas ainda assim sentíamos um clima de campanha entre os candidatos.
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco de proibir carreatas, caminhadas e outros movimentos típicos de campanhas eleitorais praticamente sepultou a disputa, que chega nestes dias finais sem muita perspectiva de acirramento, uma vez que eram nas caminhadas, carreatas e outros atos de campanha que o eleitor tinha um mínimo de contato com os candidatos.
O novo normal da disputa eleitoral dividiu candidatos proporcionais e majoritários, alguns acreditam que a proibição beneficiou quem tinha larga vantagem para vencer a disputa, é o caso de alguns candidatos que despontam com mais de 60% de intenções de voto, como Miguel Coelho em Petrolina que no Ipespe apareceu com larga vantagem, mas quem tinha a eleição apertada e que precisava crescer nesta reta final, sentiu o baque.
Com risco real de haver um segundo turno, Recife deverá ter uma segunda etapa mais morna do que foi em 2016, que já foi totalmente sem graça, com vantagem significativa para Geraldo Julio sobre João Paulo. Porém, resta aguardar se o TRE, cuja decisão foi única no país e sem muito lastro nos dados sanitários, manterá essa postura para o segundo turno ou se haverá alguma mudança de ideia para que a eleição tenha o mínimo de competitividade.
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