Após exposição do grupo no WhatsApp “Guardiões do Crivella”, um dos diretores do Flamengo foi descoberto como ex-integrante do espaço de diálogo da organização. O dirigente tinha seu número adicionado no grupo que articulava funcionários para dificultarem o trabalho da imprensa na fiscalização da área de saúde na capital carioca (leia mais).
Dentre os envolvidos no esquema, Aleksander Santos, diretor de relações governamentais do Flamengo era participante do grupo, mas se retirou nesta terça-feira (2). Em entrevista para o Blog da Gabriela Moreira no GE, o dirigente defendeu que não tinha relação com a situação que era discutida no espaço.
“Eu sou adicionado em muitos grupos. De Flamengo, então, tem um monte. Eles pegaram meu número e adicionaram. De fato, eu estava nesse grupo. Não sei precisar desde quando. Mas eu não fiz nenhuma postagem”, declarou Aleksander.
Ele alega que o seu número foi adicionado sem sua permissão, mas, de acordo com a apuração da repórter, o diretor já estava no grupo há um certo tempo.
“Acho muito lamentável. Eu não tenho parente na prefeitura, não sou funcionário da prefeitura. O Flamengo não pode se alinhar a política, o Flamengo é apartidário pelo estatuto”, completou o dirigente.
Durante o período de paralisação do futebol, Aleksander esteve presente em reuniões com o presidente do clube Rodolfo Landim e o atual presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido).
A exposição do grupo “Guardiões do Crivella” foi feita por uma reportagem do RJ2, telejornal local da Rede Globo no Rio de Janeiro, emissora com quem o clube vem tendo problemas desde o início do ano, principalmente relacionada a transmissão dos jogos do Rubro-negro. A briga entre as partes chegou a ir para a Justiça durante a última edição do Campeonato Carioca.
Quem também era integrante da organização pelo WhatsApp era Anderson Simões, ex-vice-presidente de estádio do Botafogo, que hoje faz parte da gestão da prefeitura do Rio.