Deputado Fernando Filho diz que eleição na Câmara não deve ter 2º turno

Foto: Paullo Allmeida

Após eleger o controverso Renan Calheiros (PMDB-AL) presidente do Senado, os peemedebistas estão muito próximos de emplacar também o comando da Câmara Federal, com Henrique Eduardo Alves (RN). Até mesmo os aliados de Júlio Delgado (PSB-MG), que se colocou na disputa, entendem que a situação do socialista é muito complicada, uma vez que existem, no momento, apenas duas candidaturas competitivas.

Durante o Baile Municipal do Recife, o deputado Fernando Bezerra Filho (PSB) destacou que a ausência de um terceiro nome de peso deve levar a maioria dos parlamentares, sobretudo o que ainda estão em dúvida, a seguirem o princípio da proporcionalidade e o acordo firmado entre PT e PMDB, de alternância entre as duas legendas na presidência da Casa.

“É uma situação complicada. Era necessário que houvesse um outro candidato forte na disputa para levar a eleição para o segundo turno. Mas, até o momento, esse quadro não tem se mostrado muito provável. O Júlio vai sustentar e tentar reforçar a sua candidatura até o último momento. Esperamos que ele tenha uma votação muito expressiva”, torceu Fernando Bezerra Filho, frisando que o seu correligionário deverá conquistar mais de 100 votos. “Ele deve conseguir por volta disso ou um pouco mais”, indicou.

O governador Eduardo Campos (PSB), que já declarou que se fosse deputado votaria em Júlio Delgado, também tem a mesma impressão de Fernando Bezerra Filho. No entanto, o gestor faz questão de ressaltar que a disputa pode ter um outro rumo, caso haja algum fato novo na reta final das articulações para a eleição. “É uma situação difícil. Como não há outro candidato forte, além de Júlio e do Henrique, é difícil imaginar um segundo turno. Mas, em eleição, as coisas mudam. Vamos ver o que pode ocorrer até lá”, destacou.

A peemedebista Rose de Freitas (ES) também colocou o nome para a disputa pela presidência da Câmara, contudo, há quem diga, nos bastidores, que ela não deve manter a candidatura até o final. E uma corrente dos parlamentares assegura que, mesmo que deputada siga no páreo, sua votação será pífia. A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados será realizada na próxima segunda-feira (4).

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