As manifestações marcadas para este 18 de março ganharam uma nova forma diante da pandemia do Covid-19 mas prometem fazer muito barulho. Ontem tivemos um aperitivo do que vai acontecer hoje, a partir das 20h30. Além das redes sociais, as entidades estudantis colocaram faixas em locais estratégicos de várias capitais, convocando o barulhaço.
A defesa da democracia, da educação, da pesquisa e da ciência, além da aprovação imediata do Fundeb, são as reivindicações originais da manifestação que estava prevista para as ruas. Com a pandemia do Covid-19, os protesto se darão nas redes e nas casas e apartamentos mas não serão menos significativas. E outros aspectos ficaram mais claros à população e se incorporam, como a necessidade de defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e exigir do governo medidas capazes de amenizar a propagação do surto e de amenizar o sofrimento da população.
As entidades estudantis defendem a imediata suspensão de todas as aulas e a garantia de que estudantes tenham acesso à alimentação que teriam estando em aula. Para muitas famílias, a merenda escolar é indispensável para manter crianças e adolescentes nutridos e saudáveis. Em muitos casos, essa alimentação não existe em casa. Isso se faz ainda mais necessário na medida em que muitos pais e mães serão prejudicados com o agravamento da crise econômica que certamente se aprofundará.
O presidente Bolsonaro tem se mostrado incapaz de dirigir o país nesse momento de crise. Além de sua politica econômica e social prejudicial à maioria, se mostra irresponsável, contrariando todas as orientações de saúde, saindo às ruas mesmo com o perigo ampliar a contaminação.
Por tudo isso, UBES, UNE e ANPG convocam todos a se manifestarem hoje, às 20h30, fazendo o seu barulho e deixando clara a sua indignação. Estamos respeitando o isolamento social, mas estamos juntos na defesa dos nosso direitos e por um país democrático e saudável.
Pedro Gorki – presidente da UBES
Iago Montalvão – presidente da UNE
Flávia Calé – presidente da ANPG