As operações de Flávio Bolsonaro com dinheiro vivo

Germano Oliveira

No tempo da vovó, em que os bancos eram raros e não despertavam tanta segurança, as pessoas guardavam dinheiro em casa, debaixo do colchão. Mas, hoje, em que o sistema bancário é sólido e confiável, acumular dinheiro vivo em casa é sinônimo de operações nebulosas, de caixa dois ou de lavagem de dinheiro, segundo dizem os investigadores policiais. Tanto que, em qualquer operação policial da Lava Jato, o que se vê é a apreensão de grande quantidade de dinheiro vivo. Normalmente as pessoas não conseguem explicar porque guardavam tanto dinheiro em casa.

No caso do senador Flávio Bolsonaro é de se perguntar por que ele dá preferência por negócios com dinheiro vivo? Esse método é usado por ele na maioria de suas operações financeiras, desde a compra de franquia de uma loja de chocolates, ao pagamento de parcelas de imóveis ou mesmo a compra de móveis para o apartamento onde mora.

Essa prática do senador, aliás, é recorrente principalmente em relação ao seu ex-motorista, o ex-PM Fabrício Queiroz, que até o tratamento médico que fez no Hospital Albert Einstein, de R$ 133 mil, ele preferiu pagar com dinheiro vivo – deve ter levado um saco enorme cheio de dinheiro ao hospital, o que é um risco grande, pois andar com tanto dinheiro pelas ruas de uma cidade como São