Daniel Alves lembra anos na Europa: “Lá tem racista pra car****”

  • FELIPE BLUMEN (@FELIPEBLUMEN) – 

Mais do que o craque que voltou ao Brasil para jogar a Copa do Mundo de 2022Daniel Alves é um cara que retornou ao seu país depois de 17 anos morando na Europa. Nesse tempo, dividido entre SevilhaBarcelona, Turim e Paris, o lateral-direito acumulou troféus e impressões dos lugares por onde passou. Agora em São Paulo, ele resume: “É um choque cultural bem interessante”.

“Aqui tem muito convite”, diz rindo. “Pessoal parece que acumula energia pela falta de opções de natureza e chama para sair todo dia. Preciso lembrar os amigos que eu tenho jogo no dia seguinte”, conta.

Daniel mora nos arredores da cidade, na verdade. Onde pode “sair um pouco da muvuca e do caos”. Coisa que ele procurou fazer em todas desde que saiu de Salvador, em 2002. “Eu fui criado no rio São Francisco e nunca mais consegui morar longe da água”, desabafa. É o que explica também o fato de ele não morrer de amores pelas metrópoles.

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“Paris também é uma cidade estressante, não gosto muito”, revela. “Se você for a Paris por uma semana, vai ser a viagem da vida. Mais que isso, já vai cansar. Nisso lembra um pouco São Paulo. Mas lá eles são racistas para caralho. Muio mesmo. Comigo não faziam nada, até porque eu mandaria todo mundo tomar no cu, mas via com meus amigos”, diz.

À vontade mesmo, Daniel se sentia no Brasil e em cidades mais “quentes”, como Barcelona e Sevilha. “O pessoal lá parece brasileiro, vive na rua, tem uma energia legal. São muito entrões, se der ousadia fodeu [risos]. Mas eu prefiro que as pessoas sejam assim do que o contrário”, conclui.