O Festival Edésio Santos da Canção que acontece de 24 a 26 deste mês, no Centro de Cultura João Gilberto, este ano homenageia o samba. Artistas juazeirenses e de todos os cantos do país já passaram pelo palco do Festival, muitos ficaram no caminho outros seguiram na música e hoje se revelam completos amantes desta arte, vivem dela e consideram o Festival como a grande vitrine para a Música Popular Brasileira.
Aquariano, um artista multifacetado (como ele mesmo se
define), o cantor Alan Cléber & Superbanda será um dos artistas a abrilhantar o Festival na primeira noite. Nesse leve bate papo, Alan fala um pouco da sua experiência, da importância do Festival Edésio Santos para sua carreira, afinal ele conquistou o prêmio de melhor intérprete no primeiro festival EDESIO SANTOS DA CANÇÃO em 1996.
Curtam.
1 – Alan, qual a importância de um Festival como o Edésio Santos para um músico e aqui me refiro ao intérprete, ao compositor, ao arranjador, a todos que diretamente constroem a canção?
Eu creio que em todos os aspectos um festival de música reúne todos os tipos de arte em que se propõe a música. Interpretação, desenvoltura, presença de palco, afinação, contato com o público e olhe que não é fácil você encarar uma platéia juntamente com jurados te observando, te julgando. Eu tenho comigo um respeito mútuo em relação a esse respectivo festival “EDESIO SANTOS”, porque foi através dele que me descobri e soube que minha vida tava ligada a música.
2 – Você já participou do festival? Quantas vezes e quais as premiações?
Olha, eu tive a honra de ter recebido o mérito de melhor intérprete no primeiro festival EDESIO SANTOS DA CANÇÃO com a música “A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO” de Cássio Lucena foi uma emoção impar. E também participei da outros premiados também que nesse momento me fogem a memória sei que tem uma canção que foi em 3º lugar “NO TEMPO DE EDESIO” de Plínio Alves, um grande amigo e compositor E POR AI VAI…
3 – Em que essas participações contribuíram para o artista Alan Cleber?
Em tudo. Perdi o medo do palco apesar de que na época eu já atuava como ator, mas com a música é diferente, ou você canta para o povo ou você não canta. Então eu aprendi a sentir o palco, a ter o palco pra mim e pra quem esta ali ouvindo, curtindo, cantando… é uma responsabilidade divertida.
4 – Este ano a 14º edição do Festival faz uma homenagem ao Samba e traz como artista Mariene de Castro. Você gostou da escolha? Qual a sua relação com o samba?
Muito digna a homenagem. Eu acho que o BRASILEIRO “patriota” tem que tirar o chapéu literalmente para o samba, é nossa história, nossa raiz, nosso povo, nosso suor… eu tenho minha veia de sambista, as pérolas nacionais vêem do samba então, SIMBORA SAMBAR.
5 – Em sua opinião, nessas quatorze edições do Festival houve mudanças? Como analisa a participação dos músicos? Você teria sugestões a dar?
Olha é muito complexo falar em mudanças, principalmente em relação à cultura em si… porque a meu ver a única que sai perdendo é a CULTURA… mas em relação ao FESTIVAL EDESIO SANTOS eu fico feliz em ele existir, isso já é uma vitória apesar de todos os obstáculos em relação a finanças, a brigas politicamente internas, mas ele esta ai vivo. Em relação aos músicos o meu conselho seria dizer que fazer música é arte de unificar idéias, de fazer valer a vida e vibrar coisas positivas, quando passa a ser coisas ruins é melhor nem fazer e escolher outra profissão. Eu sou contra a perseguição musical, artística, confio plenamente na equipe que abraçou com carinho e respeito esse respectivo festival…Então viva a música, os estilos, nós brasileiros somos recheados de musicalidade aproveitem isso de forma legal e positiva.
Amém, e aos concorrentes desse lindo festival: merda. Aos vencedores glórias! (risos).