Jeep J8 será fabricado na Bahia para atender Exército e polícias

© Autocar – Jeep J8 será fabricado na Bahia para atender Exército e polícias

Pode a Jeep ser dona do Wrangler, mas não estar envolvida na produção de um de seus derivados? Descobrimos hoje que pode, sim. É o caso do Jeep J8, um modelo de uso militar baseado no 4×4 mais icônico da Jeep. Ao contrário do que poderia parecer, ele é produzido por uma empresa chamada AADS.

E será feito também no Brasil, mais especificamente na Bahia, por meio de uma parceria entre a AADS e a VSK Tatical, uma empresa que atua no ramo de segurança. O anúncio foi feito na LAAD Defence & Security 2019, no Rio de Janeiro. Publicidade

Jeep J8

© Autocar Jeep J8

O J8 parece bastante com o Wrangler da geração anterior à atual, mas tem uma série de modificações para uso militar. Seu objetivo não é encarar batalhas, mas atuar como veículo de apoio. O investimento para produzi-lo na Bahia será de US$ 50 milhões, algo perto dos R$ 200 milhões. Serão gerados 50 empregos diretos e 200 indiretos em uma cidade ainda por definir: pode ser Feira de Santana ou Camaçari, que leva vantagem por já ter um polo automotivo. A produção deve se iniciar em 10 meses, segundo a VSK.

O J8 tem 4,45 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,76 m de altura e pode pesando mais de duas toneladas. Vendido sem motor no exterior, para não ficar sujeito a normas de emissões, ele pode receber uma grande variedade de motores. O do Brasil ainda não foi definido, mas há lugares onde ele usa um motor turbodiesel italiano, da VM Motori. Ele gerava 196 cv a 4.600 rpm e 46 mkgf de torque, como contou o saudoso jornalista José Rezende-Mahar em 2011 sobre o modelo.

Jeep J8

© Autocar Jeep J8

Por aqui, ele deverá adotar um motor nacional, que atenda às exigências das polícias e do Exército, algo que também facilitaria sua manutenção. Inicialmente, serão montadas 60 unidades do J8, que não serão vendidos a pessoas físicas. Já haveria interessados no veículo. No frigir do ovos, poderemos dizer que “um” Wrangler será montado no Brasil. Pena que longe do alcance do consumidor comum a não ser quando ele for antigo o suficiente para ser desmobilizado das polícias ou do Exército. Haverá muito jipeiro de olho em leilões dentro de alguns anos…