TRANSLADO DOS RESTOS MORTAIS DA PEQUENA BEATRIZ GERA POLÊMICA EM PETROLINA E JUAZEIRO

A informação deflagrada no dia de ontem em Petrolina-Pe e Juazeiro-Ba, de que o corpo da menina Beatriz Angélica Mota, será retirado do cemitério da Lagoa da Pedra, em Juazeiro no próximo sábado (6 e levado para um cemitério particular em Petrolina, tem gerado fortes discussões entre os que acham a medida tomada pelos pais normal, e aqueles que vêem na atitude, uma jogada de marketing da empresa dona do cemitério.

Os restos mortais irão do cemitério da Lagoa da Pedra, em Juazeiro, Bahia, para o Memorial SAF, em Petrolina, Sertão de Pernambuco. A cerimônia acontecerá às 16h30 do próximo sábado

A TRISTE HISTÓRIA

Beatriz foi assassinada com 42 facadas na escola onde estudava, durante a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano, em Petrolina, no Sertão pernambucano. A irmã da criança era uma das formandas. A última imagem que a polícia possui da menina foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, na quadra do colégio.

A gravação mostra quando Beatriz se afasta da mãe e vai até um bebedouro instalado na parte inferior da quadra. O corpo da garota foi encontrado horas depois atrás de um armário dentro de uma sala de armazenamento de material esportivo.

Leia também:
Caso Beatriz: três anos de muito mistério e impunidade

Em janeiro deste ano, a mãe da criança, a professora Lucinha Mota, foi ao Recife pedir agilidade na apuração e transparência nas informações sobre o crime. Na ocasião, ela se encontrou com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o desembargador Adalberto de Oliveira Melo.

Lucinha explicou que a família quer ter conhecimento de como andam as investigações. “Foi importante ouvir a opinião do presidente do tribunal. Eu precisava me sentir amparada com todos os erros no processo. Quero ter essas informações para impedir que novas falhas aconteçam”, afirmou na época.

O primeiro mandato de prisão do caso foi expedido em dezembro de 2018. O técnico de informática Alisson Henrique de Carvalho Cunha, 40 anos, é suspeito de ter apagado as filmagens que ajudariam a elucidar o crime.

Um mandado de prisão preventiva por falso testemunho e fraude processual foi expedido pela contra ele. Alisson aparece em imagens do circuito de segurança do colégio captadas no dia 4 de janeiro de 2016, menos de um mês após o assassinato de Beatriz, entrando na sala onde eram armazenados todas as filmagens das câmeras instaladas na escola.