Débora Sousa/PMJ
Aconteceu na última terça-feira (05), no Centro de Saúde III uma reunião entre os conselheiros municipais de saúde, gestores da secretaria municipal da saúde, diretoria do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), técnicos administrativos do Hospital SOTE e a Comissão de Saúde na Câmara de Vereadores com o objetivo de conhecer as dificuldades enfrentadas por cada prestadora de serviço. Foram colocados em discussão o rompimento do contrato do Estado com a SOTE e as dificuldades enfrentadas pelo HRJ para os atendimentos e procedimentos na cidade.
A Diretora do HRJ Hucilene Simões explicou que a partir de outubro de 2018 as marcações para consulta no hospital serão realizadas pela Central de Marcação do Município. A atual conjuntura de marcações atendeu solicitação do Ministério Público do Estado da Bahia, dito isso foi apresentado todos os serviços disponíveis no hospital bem como a classe de profissionais e suas devidas especialidades.
Dentro de todos os serviços oferecidos pela instituição foram apresentados todos os procedimentos e consultas realizados a mais que os programados para atendimentos anuais. Esse número é elevado em quase duas mil realizações em cada serviço e, de acordo com Hucilene, mesmo com os mutirões a demanda só cresce. “É uma demanda que nunca acaba, fizemos mutirão em um fim de semana e fechamos 56 procedimentos, e a regulação tinha mais 186”, expôs.
Outro ponto discutido foi a quebra de contrato do Estado com a SOTE. A partir da decisão da SESAB as regulações de ortopedia que antes eram encaminhadas para a SOTE, agora passam para o Hospital Regional de Juazeiro. A Secretária de Saúde de Juazeiro, Fabíola Ribeiro, afirma que o município não foi informado formalmente sobre a decisão. “Essas especulações de tirar as cirurgias da SOTE para colocar no HRJ acontecem desde o ano passado, mas nunca nos formalizaram, por não ser a contratada”, expressou a secretária.
O vereador Alan Jhones fez uma avaliação das discussões e se propôs a buscar melhorias para a saúde em Juazeiro. “Fomos pegos de surpresa. Só quem perde com um serviço que registrava 140 procedimentos da traumatologia à ortopedia é a população. Em conjunto com outros órgãos deliberativos e representativos esperamos que o juiz conceda liminar do credenciamento com o Hospital SOTE e cabe a nós buscarmos os meios competentes”, explicou.
Para a representante do administrativo da SOTE, Lelia Maria Galvão de Alencar, a discussão tem como finalidade unir forças para o fortalecimento da saúde em Juazeiro. “A SOTE tinha um contrato com o Estado para cirurgias reguladas e unilateralmente entendeu que vai colocar no serviço público que é o HRJ, e isso é insuficiente, uma vez que a demanda de acidentados é muito grande. A partir de hoje esperamos que esta discussão leve a alguma lugar, ou com as condições necessárias para o Hospital Regional ou com a retomada do contrato”, explicou.
O presidente do Conselho Municipal da Saúde, Robson Vieira Pereira, afirma que os conselheiros irão acompanhar mais de perto as demandas e soluções voltadas para a saúde em Juazeiro. “Nós já fizemos várias visitas ao Hospital Regional, verificamos a ausência de insumos para sabermos se o repasse do Governo do Estado é pouco ou se existe negligência na compra dos medicamentos. Quanto à SOTE nós já recorremos ao Governo do Estado e pedimos apoio aos deputados da região para que solicitem a repactuação com a SOTE para que ela possa atender via SUS o nosso município”, explicou.