A decisão não agradou o ex-bispo mineiro sisudo, deixando-o aparentemente mais zangado. Segundo informações chegadas à reportagem do AP, Dom Beto teria dado prazo de desocupação do patrimônio histórico de Juazeiro até o mês de janeiro, mas se sentindo desprezado, o ex-bispo decidiu abandonar o local as pressas, provavelmente temendo acontecer algo nada agradável.
“Ele saiu chateado, disse que não vinha nunca mais à Juazeiro”, detalhou a fonte.
Dom Beto faz parte da Ordem Franciscana Secular, criada pelo Papa Inocêncio III há 800 anos, que tem como base as regras de vida escrita por São Francisco de Assis. Ainda segundo informações, o Bispo não estava se sentindo bem dentro da ‘mansão’ construída pelo seu antecessor na orla da cidade devido ao luxo. No entanto, ele decidiu morar na sua verdadeira casa. Com relação à mansão, provavelmente o imóvel seja alugado e o dinheiro sirva para pagar despesas, inclusive com funcionários.
O ex-bispo se aposentou em 2017, mas continuou ainda ocupando os espaços dentro da Diocese. A sua gestão não foi nada boa para muitos católicos por não suportarem a sua maneira de ser, alguns foram obrigados à frequentarem outras igrejas. Ainda de acordo a fonte, ele foi uma pessoa de poucas amizades, muitas chegaram a fazer curvas para não serem cumprimentadas pelos mesmo na entrada da Catedral já depois de aposentado. Outro fato marcante em sua passagem por Juazeiro, foi a drástica redução do patrimônio de Nossa Senhora das Grotas com extinção de biblioteca, demissão de funcionários, terrenos, etc.
O recém-chegado Bispo Dom Beto Breis chegou a baixar decreto para tratar da regularização fundiária dos imóveis, cujo objetivo foi ter o amparo jurídico e transparência analisando os processos anteriores. A decisão causou um impacto muito grande à empresários ligados ao ramo imobiliário.
Um diálogo foi realizado com o prefeito Paulo Bomfim para solucionar e clarear os processos, bem como esclarecer dúvidas sobre temas pendentes e definições dos deveres de cada parte. Durante a reunião, Dom Beto afirmou que “não se pode fazer este processo de regularização, sem pensar em dialogar com diversas instâncias. Em breve vamos retomar este processo de regularização fundiária.
Ele foi suspenso por decreto para que nós víssemos alguns aspectos que precisavam ser reconsiderados e refeitos. A reunião teve esse objetivo de agilizar o processo, garantir a eficiência e que os direitos de todos sejam assegurados”, destacou na época durante reunião.