Nos últimos meses, a principal previsão para a sucessão ministerial marcada pro fim de semana, no fim da janela de mudança partidária, era que o presidente Michel Temer deixaria o MME a cargo de um indicado de Coelho Filho para dar seguimento às políticas adotadas pela sua gestão sem surpresas ao setor e, não menos importante, manter inalterado o equilíbrio de forças dentro do Congresso nos últimos meses do governo. Essa tem sido a linha mestra nas trocas de ministros em toda a esplanada este ano.
Qualquer um dos três nomes agradava o setor e manteria a harmonia com Coelho Filho, cuja migração para o MDB estava agendada há meses. Coelho Filho chegou a se filiar ao MDB em cerimônia em Brasília em 21 de março. Mas uma reviravolta na política pernambucana, no entanto, jogou água em seus planos.
O ministro negociou sua mudança para o partido com a presidência nacional do MDB, diretamente com o senador Romero Jucá, que estava desalojando da direção pernambucana da legenda o grupo político do dissidente Jarbas Vasconcellos. Jarbas recorreu à Justiça e já ganhou três liminares contra a decisão do MDB nacional..
Governo cogita nomes do MDB para sucessão
Embora o tempo seja curto, as negociações de Coelho Filho permanecem abertas em busca da melhor proposta. Ele e seu pai querem ter destaque em uma possível chapa contra Câmara. Mas enquanto trabalha contra o tempo para se abrigar em uma legenda até sábado, Coelho Filho desagradou a direção nacional do MDB. O partido acreditava na sua permanência na legenda e terminou por nomear nomear o ministro Moreira Franco, fiel aliado de Temer, na pasta de Minas e Energia, mantendo o importante ministério em casa.