Deputado Amauri apoia a luta dos índios Guarani-Kaiowá

O deputado federal Amauri Teixeira (PT/BA) usou a tribuna da Câmara, hoje (29), para demonstrar seu apoio à causa dos Guarani-kaiowás. A presença do grupo de índios na área de mata ocupada por eles há um ano foi decretada ilegal pela Justiça Federal e os indígenas condenados a deixar o local.

O parlamentar fez questão de deixar registrado seu protesto com relação à decisão da Justiça no que se refere aos índios Guaranis-kaiowás. “É uma tribo que vem sofrendo ataques de fazendeiros, que vem sendo encurralada, e esse povo corre o risco de ser dizimado, está sendo desalojado da sua terra. Já há um problema sério em relação aos índios guaranis, tivemos, ano passado, morte de lideranças dos guaranis-kaiowás que foram assassinados. E este ano, determinados membros do Judiciário têm atormentado a vida desses indígenas”, disse Teixeira.

O anúncio da liminar foi feito na semana passada, mas, na última sexta-feira (26), a Justiça sul-mato-grossense esclareceu que a decisão é para a manutenção da posse, e não reintegração. Ou seja, os índios podem permanecer na área enquanto a questão não é resolvida.

“Havia uma decisão anterior que nos preocupava, havia inclusive ameaça, de suicídio coletivo dos índios guarani-kaiowás, mas, felizmente, a Justiça sul-mato-grossense corrigiu isso, e esperamos que a decisão final seja favorável aos indígenas. Afinal de contas, ninguém é mais dono das terras do Brasil e tem mais legitimidade para ter sua subsistência garantida nas terras tradicionalmente ocupadas por eles, do que os povos indígenas, como determina a Constituição”, defendeu o parlamentar.

Amauri deixou ainda uma mensagem – “Se no Brasil existe um povo que é maltratado, que é marginalizado, que é excluído das políticas públicas, esse povo é o povo indígena, e os kaiowás talvez sejam aqueles que mais sofrem com a disputa com fazendeiros, que cada vez mais querem aumentar o seu latifúndio e querem, em detrimento da vida humana, maximizar o seu lucro”, disse o deputado, que se comprometeu a acompanhar o caso.


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