ALELUIA SUGERE QUE DEM PODE RETALIAR TEMER EM VOTAÇÃO DE DENÚNCIA: ‘TODA AÇÃO TEM REAÇÃO’

O presidente do DEM na Bahia, deputado federal José Carlos Aleluia (BA), afirmou que há um amplo “sentimento majoritário” de insatisfação da sigla em relação ao PMDB e à articulação política do presidente Michel Temer. Integrante do partido, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), tem desferido ataques ao governo, após um mal-estar que se instalou pelo fato de o partido de Temer ter filiado no início deste mês, o senador Fernando Bezerra (PE), ex-PSB. Há meses, o DEM vinha negociando havia meses a migração do parlamentar e de outros deputados para sua legenda. O assédio peemedebista incomodou os aliados. Segundo Aleluia, a tensão nas relações pode culminar em retaliação do DEM na votação da segunda denúncia contra Temer. “Claro, toda vez que você tem uma ação, você tem uma reação em sentido contrário. Não significa que vamos votar contra ou a favor, mas há uma tensão. As relações ficam comprometidas”, indicou, em entrevista ao Bahia Notícias. Entretanto, de acordo com o presidente da legenda no estado, o governo tem tentado uma operação para arrefecer os ânimos. “Há diálogo, há muitas pessoas interessadas em dialogar, contornar a situação”, reiterou. Sobre o encontro do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com integrantes do partido, em que teria se colocado à disposição de abandonar os tucanos para ser candidato à Presidência da República pela agremiação (leia aqui), Aleluia disse que tudo não passou de um “encontro social”. “O partido dele é nosso aliado. Da mesma maneira que tivemos com ele, tivemos com Alckmin”, ponderou, apesar de não ter participado do jantar. Questionado sobre a possibilidade de a legenda abrir as portas para ter Doria como candidato ao Planalto. o parlamentar baiano não descartou o cenário, mas disse que a questão precisa ser analisada internamente, já que há nomes do partido com “cacife” para disputar o pleito. Também indagado sobre a aventada mudança de nome da sigla, Aleluia declarou que a questão “não está descartada nem aprovada”. “Estamos estudando, fazendo pesquisa. Podemos acrescentar algumas coisas ao programa, sugestões que têm chegado. Estamos negociando também o ingresso de deputados, podemos ter 50% a mais do que tem hoje. Estamos com pressa neste processo, mas é um problema que tem ser resolvido, inclusive a saída de deputados dos seus partidos, a questão da janela partidária. É preciso ter causa justa para que eles saiam, para não criar problemas”, explicou.

BN

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