Com a exoneração do afilhado de Renan, o ex-superintendente do DNIT de Alagoas, Fabrício de Oliveira Galvão, retoma o órgão que toca obras importantes como a duplicação da BR-101 no Estado, restabelecendo assim a indicação de Maurício Quintella. O ministro é citado como candidato a senador em Alagoas, mas afirma que será candidato à reeleição, em 2018, quando Renan tentará se reeleger.Sob forte rejeição do eleitorado alagoano, que demonstra não estar disposto a reelegê-lo, Renan seguia na liderança do PMDB no Senado, utilizando a visibilidade do cargo para fazer discurso útil à sua tentativa de levantar-se, perante a impopularidade em seu reduto eleitoral. Porém seria destituído do cargo, após seu último discurso agressivo, reprovando reforma trabalhista e desqualificando o governo de Michel Temer, na terça-feira da semana passada, dia 27.
Um dia após fingir que não fez parte nem apoiou o conjunto da obra do governo Temer, Renan se antecipou ao expurgo e entregou a liderança do PMDB no Senado. Mas não entregou os cargos que mantinha em órgãos federais em Alagoas e em Brasília.
FILA ANDANDO
Segundo um integrante do Palácio do Planalto, “com certeza, haverá mais exonerações de indicados de Renan”. Mas é possível que Luiz Otávio Campos, ex-senador paraense investigado na Operação Leviatã, resista no cargo de secretário de Portos da pasta de Quintella, porque sua indicação foi feita conjuntamente por Renan e pelo senador Jader Barbalho (PMDB/PA).
Mas, entre outras indicações de Renan na mira de Temer estão Elizeu José Rêgo, superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab); Edgar Barros dos Santos, gerente executivo do INSS em Alagoas; Mário Aloísio Barreto Melo, superintendente do Iphan em Alagoas; e Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti, diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, este último um técnico e funcionário de carreira, que obteve o aval de Renan para permanecer no cargo.
Logo que estiver sem cargos, Renan terá o desafio de provar a si mesmo que se sustenta politicamente sem o fisiologismo sobre o qual ergueu sua carreira política, hoje decadente. Mesmo antecipando a campanha de 2018, Renan não tem condições de se reeleger, no atual cenário em que é réu acusado de crime de peculato e multinvestigado pela Operação Lava jato, no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem o cargo de líder do PMDB no Senado
