DIRETO DE SENTO-SÉ

AGRICULTORES ATINGIDOS PELA BAIXA DO LAGO DE SOBRADINHO PEDEM SOCORRO

A produção de Uva, melão, milho, mandioca, a criação de animais e até o patrimônio de dezenas de pequenos agricultores familiares situados às margens da Borda do Lago de Sobradinho no município de Sento Sé estão prejudicados em razão das constantes baixas do lago desde 2014.

Por falta de água, centenas de hectares de plantações foram perdidas e até a criação de animais de subsistência vendidos às pressas para não morrerem de fome e sede. Alguns agricultores perfuraram poços e cavaram por conta própria aguadas para tentar manter as plantações e mesmo assim foram inevitáveis os prejuízos.

O produtor rural José Vieira da Silva, possui uma propriedade rural denominada “Fazenda Água Santa” – distante cerca de 30 quilômetros da sede do município de Sento Sé, disse à nossa reportagem que os agricultores situados na borda do lago estão endividados com o Banco do Nordeste e sem condições de renegociar as dividas.

Tudo porque precisariam de novo empréstimo para desenvolver outras atividades como a exemplo da pecuária que poderia ser a saída para a crise, mas, por conta de estarem negativados no banco pedem ajuda às autoridades locais, regionais, Deputados Estaduais, Federais e organismos ligados ao setor, no sentido de conscientizar a todos para a grave situação que estão enfrentando.

Segundo José Vieira, a sua produção de sete hectares e meio de plantio de uva, 10 hectares anuais de cebola, aproximadamente 15 hectares de milho, 5 hectares de hortaliças, entre outras,  foram totalmente prejudicadas, reduzida a zero, por falta de água, disse.

Vieira relatou também a falta de compreensão e a indiferença ao problema do próprio banco financiador, que através dos seus técnicos que acompanharam o dia a dia, o dilema e o sofrimento dos agricultores, além da falta de cobertura dos prejuízos por parte de um seguro que foi indicado pelo próprio Banco. “Pedimos socorro aos produtores e apoio do poder público, do Banco do Nordeste e a quem de direito. Estamos sofrendo desde quando o lago baixou até chegar no chamado “volume morto”, até o momento”.

Vieira, cobra ainda que sejam planejadas, para o médio e longo prazos, medidas para ajudar a retomada dos plantios e criações de animais, bem como que as autoridades  viabilizem o perdão ou uma anistia da dívida dos agricultores. Não temos condições de pagar essa dívida, tem que perdoar e que outro financiamento seja feito para a retomada das atividades, sugeriu.

Fonte: Osiel Amaral – Fotos: José Vieira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *