Fiscalização retira ambulantes do centro de Juazeiro

 

 

 

 

A vida do  vendedor ambulante é inconstante. Quando sai de sua casa leva consigo a esperança de uma boa vendagem e o desejo de um dia proveitoso. Esses profissionais das ruas transformam-se em artistas que interpretam cenas da vida real. Uma das protagonistas dessa imensa roda viva é dona Rosa Almeida Silva, 63 anos, casada e responsável pelo sustento da família, já que o marido sofre com problemas de saúde. Tendo na sua pequena barraquinha, onde vende queijo, bolo, bolachas e o tradicional  cafezinho, a sua única fonte de renda, dona Rosa  amanhã (hoje) vai ser obrigada a  deixar o lugar  no qual retira o pão de cada dia.  

 

A ambulante, que trabalha na Barão do Rio Branco, no centro, local mais conhecido como rua dos bancos, contou a equipe do Blogqsp   que na última quinta-feira funcionários da prefeitura estiveram no lugar e informaram a ela e a outros trabalhadores que eles não poderiam mais exercer o seu trabalho ali. O problema é que essas pessoas, segundo dona Rosa, não seriam removidas para outras áreas da cidade, como aconteceu com os camelôs que saíram daquelas imediações no passado. A orientação recebida foi a seguinte: “Eles não disseram pra onde a gente ia. A única coisa que falaram foi que a gente não podia ficar aqui. Disseram que era pra circular”, contou Rosa.

 

Muitos dos vendedores que estavam no local já saíram.  Dona Rosa explica que após  conversa com representantes da prefeitura ela recebeu o prazo até amanhã ( hoje ) para ficar no local. O benefício foi dado em virtude do número de mercadorias que havia na banca da ambulante. “Me deixaram aqui porque tinha acabado de comprar as mercadorias. Mas amanhã vou ter que sair. Como não tenho força pra circular com o carrinho de mão, vou pra minha casa. Seja o que Deus quiser”, declara.

 

A equipe do QSP esteve na Secretaria de Igualdade, Assistência Social e Cultura (SEIASC), antiga SEDIS, mas não encontrou o Secretário Crisóstomo Lima (Zó).  Em breve retornaremos  a secretaria para saber qual será o destino de Dona Rosa e seus colegas ambulantes

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