Atendendo à reivindicação de que os volumes mensais disponibilizados na venda balcão eram insuficientes para atender os médios pecuaristas, em reunião realizada, em Recife, no mês passado, na sede do BNDES, com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues, a superintendente para a Bahia e Sergipe, Rose Pondé, e o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha, o presidente do Conseagri e secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, solicitou a ampliação do limite fixado por produtor, mesmo que o preço fosse diferenciado.
O pleito foi atendido através da publicada da portaria 601/2012, que aumenta o volume de milho comprado pelos pequenos e médios pecuaristas. Comemorada por Salles, a portaria interministerial delimita três faixas: três toneladas por produtor/mês ao custo de R$ 18,10 a saca de 60 quilos, acima de três até sete toneladas, o preço é de R$ 21, e até 14 toneladas, R$ 24,60 por saca.
Outro ponto importante e resultado do pleito foi o anúncio de que os municípios, onde não existem armazéns da Conab, vão receber o milho para alimentação animal através do sistema “delivery” (entrega direta). Eduardo Salles explicou que os pequenos agricultores devem estar organizados em associações ou cooperativas, e devem se articular com a Conab através dos escritórios regionais da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), e ou da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), para comprar o milho com agilidade. A solicitação terá que ser feita por associações e ou cooperativas, e o milho será entregue a cada 20 dias, devido à necessidade de contratação de frete pela Conab, que assume as despesas com o transporte do produto, que será entregue em local indicado.
De acordo com o secretário da Agricultura, para assegurar a sobrevivência e comercialização dos rebanhos foram feitas inscrições estaduais provisórias para o credenciamento emergencial de armazéns em diversas regiões do Estado. “Vamos contar com mais quatro armazéns, localizados em Vitória da Conquista, Juazeiro, Guanambi e Feira de Santana, além dos já instalados nos municípios de Irecê, Ribeira do Pombal, Itaberaba e Entre Rios. Nos próximos dez dias, esses estoques estarão disponíveis para venda balcão. Até agora, já foram vendidos mais de 3,5 milhões de grãos”. Para Eduardo Salles, o objetivo é descentralizar a distribuição do milho por diversas regiões, fazendo com que o grão chegue mais rapidamente ao produtor.
Ascom Seagri – 29 de junho de 2012