Mitonho quer articulação contra ocupação do Exercito na Ilha do Fogo

 

O anúncio de que a Ilha do Fogo, um ponto turístico e de lazer de Petrolina e Juazeiro há mais de 40 anos, deverá ser de propriedade do Exército, foi pauta do discurso do vereador Mitonho Vargas na Câmara de Juazeiro esta semana.

Segundo a Justiça Federal, a Ilha deve ser ocupada pelos militares dentro de 100 dias após a decisão, publicada no dia 24 de maio deste ano, sob pena de R$ 5 mil por dia a quem permanecer. A ocupação acontecerá a partir no mês de agosto, e Ilha será considerada área militar e, possivelmente, destinada a atividades técnicas militares, com treinamentos de exército, marinha, aeronáutica e também das forças de segurança de Bahia e Pernambuco.

O parlamentar justificou a sua defesa falando sobre a histórica cultural da Ilha que, segundo lenda, guarda uma enorme cobra amarrada com os fios de Nossa Senhora das Grotas. “A Ilha do Fogo sempre foi a Ilha do Povo e em que pese a seriedade e a responsabilidade do Exército Brasileiro ela deve continuar a servir como área de livre acesso às comunidades das duas cidades. É um atentado à história e à tradição”, apontou.

Os demais vereadores concordaram, em aparte, com o discurso do colega e se colocaram a disposição para encabeçar um movimento em defesa da Ilha. Mitonho propôs ao presidente da Mesa, vereador Nilson Barbosa, que a Casa entrasse com uma ação judicial visando embargar a resolução. De acordo com Nilson, a assessoria jurídica deverá estudar o caso e, se caso for possível, a Câmara entrará com a ação.

 

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