Com a divulgação de uma nova mobilização que pede a saída do delegado responsável pela investigação do caso, o delegado da Polícia Civil, Marceone Ferreira, convocou a imprensa, no início da tarde desta quinta-feira (08), para atualizar a população a cerca do crime que é considerado número um de Pernambuco. A morte da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, morta em 10 de dezembro do ano passado, com 42 facadas no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, em Petrolina.
O delegado garante que as investigações têm avançado e apresentou que vestígios foram encontrados no local do crime, mas que a polícia estava mantendo essas informações até agora sob sigilo para que não atrapalhassem os próximos passos das investigações. “Os peritos conseguiram identificar dois DNA’s, quase certeza que é do autor. A investigação tem o DNA do autor do crime e a impressão digital. Foi encontrado um perfil masculino do DNA no cabo da faca, várias células hemiteriais, uma amostra bem contundente, que demonstra que é da pessoa que utilizou a faca pela última vez. Foi encontrado também um perfil diferente de DNA debaixo das unhas de Beatriz. Dois perfis masculinos distintos”.
Marceone também adiantou que está vendo a possibilidade de pedir a produção de um novo retrato falado nos EUA. “Com base no DNA, estamos buscando isso. São buscas incansáveis pelos autores desse crime”.
O perito criminal Gilmário Lima, presente também na coletiva, disse que tudo está sendo colocado numa cadeia de custódia para serem utilizados futuramente. “Toda a equipe de investigação já trabalha com mais de 5 terabytes de imagens. Estamos em busca de ferramentas melhores, como é o retrato falado através do DNA, desde o mês de março. Na faca tem quase 100% de material da vítima, e um pequeno percentual desse indivíduo de sexo masculino”.
O delegado Marceone garante que todos os esforços estão sendo feitos para a elucidação do crime, que completa neste sábado (10), nove meses, contudo, nenhum suspeito foi identificado. “É um crime de difícil elucidação”.
Mobilização
Cansados de esperar por uma resposta concreta sobre as investigações do caso, um grupo de manifestantes fará um novo protesto nesta sexta-feira (9), a partir das 7h. Desta vez, no entanto, o foco será a saída do delegado Marceone Ferreira, que está à frente das investigações.
A concentração acontecerá na Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, próximo ao Monumento da Integração. De lá, os manifestantes seguirão até a Delegacia de Homicídios, onde pretendem falar com o delegado. Em seguida eles caminharão até o Fórum Dr.Souza Filho. Em comunicado na página oficial no Facebook, o grupo afirma que o movimento pretende “cobrar do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esclarecimentos em respeito às ações da força-tarefa designada para o caso, fiscalização do trabalho da polícia e substituição do delegado“.
Grande Rio FM