A definição de candidaturas em Recife e os reflexos em todo o estado

 

 

Tumultuado e imprevisível , assim se pode definir o processo pré-eleitoral em todo o estado de Pernambuco.  Reflexo  do confuso e desgastante processo de escolha do candidato do PT em Recife. Depois de uma  polêmica e contestada eleição prévia entre o secretario estadual, Maurício  Rands, apoiado pelo Governador Eduardo Campos,  e o atual prefeito do Recife , João da Costa, este último preterido mesmo vencendo a eleição. O golpe maior veio da executiva nacional que anunciou um plano B, para as pretensões do governador, o senador Humberto Costa.

A intervenção nacional no processo foi vista como ditatorial pelos simpatizantes do prefeito. Magoado, João da Costa não poupa criticas a decisão da mais alta instancia do partido  e promete lutar até o fim. Reside nessa insatisfação, o maior problema para Humberto Costa: unir o partido em torno do seu nome. Isso será determinante para ter o cobiçado apoio do governador.  De longe, será uma tarefa fácil.

 

Enquanto isso, Eduardo Campos iniciou um movimento que aumenta ainda mais a pressão sobre Humberto, exonerou quatro auxiliares (Geraldo Júlio, Tadeu Alencar, Danilo Cabral e Sileno Guedes) uma indicação de uma eventual candidatura própria do PSB.  Há  que aposte no secretario de desenvolvimento, Geraldo Júlio, que seria para o governador, o que Dilma foi para Lula. Eduardo aguarda com expectativa uma reunião entre Humberto e João da Costa ,  se o racha no PT for irreversível, Eduardo anuncia na próxima segunda o nome do PSB para as eleições. O PTB também não perde tempo e já fala em lançar o também senador Armando Monteiro, seria a fragmentação da Frente popular decretada. Nada disso interessa nem ao governo nem aos partidos da base, mas impossível ignorar essa possibilidade.

 

 Por outro lado, se a paz for selada  no PT , um acordo   com o PSB refletiria em várias cidades do estado. Algo que talvez não interesse ao deputado estadual Odacy Amorim, fontes em Brasília, adiantaram que se  Eduardo Campos Fechar com Humberto, Odacy teria que dar adeus à corrida  eleitoral deste ano. Algo previsível. O que não dá para prever é o que acontecerá até a próxima segunda-feira.

 *Rinaldo Lima é Radialista e artista plástico

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