NO SENADO, IMPEACHMENT NÃO SERÁ INFLUENCIADO POR PRESSÕES, DIZ FBC

blogqspFBC Foto Farnésio Silva (2)

Único pernambucano já indicado para a comissão do Senado que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB) disse não acreditar que o resultado do processo será influenciado por pressão do governo ou do grupo pró-impeachment. Para o socialista, porém, o cenário hoje é desfavorável para os petistas.

“Não vai ter muito tumulto. Porque a única coisa que não está definida é se o relator vai usar todo o prazo regimental (de dez dias). E essa é uma decisão de ordem pessoal”, explicou. Após a apresentação do relatório analisando a denúncia contra Dilma Rousseff, o plenário do Senado precisa votar em 48 horas se aceita ou não julgar o impeachment. Se 41 senadores admitirem a abertura do processo, a presidente é afastada por 180 dias até que seja batido o martelo.

“O governo ganhou um pouco mais de prazo (adiando a instalação da comissão para a próxima semana). Mas não tem a chance de ter nem o presidente nem o relator da comissão, porque o bloco de senadores do governo ficou apenas como o terceiro maior”, adiantou Bezerra Coelho. “E a maioria dos nomes anunciados é claramente favorável ao afastamento. A comissão é amplamente favorável ao impeachment”, emendou o socialista.

É o caso dele e do outro senador do PSB que integrará o colegiado: Romário (RJ). Dos sete nomes do partido na Casa, cinco defendem a saída de Dilma do cargo e apenas dois acreditam que ela deveria continuar na presidência.

Fernando Bezerra Coelho também diz não acreditar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), possa influenciar o andamento do impeachment na Casa. Renan, que já disputou influência dentro do PMDB com o vice-presidente Michel Temer, vai presidir a sessão que decidirá se instaura a denúncia e afasta Dilma Rousseff do gabinete.

“Ele tem dito que o que ele não quer é atropelar prazos que possam levar à judicialização do processo”, disse. Apesar disso, o pernambucano não acredita que o Senado leve os seis meses de prazo máximo para apreciar o impeachment. “Com Collor foi pouco menos de 90 dias”, lembra.

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