MOMENTO POLÍTICO É DE REPACTUAÇÃO, AFIRMA LÍDICE DA MATA

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Em entrevista à Radio Metrópole na manhã desta segunda feira (4/4), a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) avaliou que a crise política, iniciada com a abertura do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff, passa por um momento de “repactuação”, com o governo tentando recompor sua base no Congresso, após a saída do PMDB. “Mas ainda não dá para saber o resultado disso.
Encerramos o ano passado achando que tinha se aposentado esse movimento de impeachment e iniciamos o ano pegando fogo”. A senadora disse que embora haja uma grande preocupação nas ruas, não se vê qualquer movimento para que Temer seja o Presidente do Brasil.

Questionada sobre o posicionamento do PSB em relação à saída de Dilma, Lídice explicou que a sigla, embora não tenha ocorrido uma reunião do diretório nacional específica para isso, o partido consultou as bases e colocou-se favorável ao impeachment. Mas deixou livre os diretórios regionais para decidirem de acordo com cada realidade local. “Como exemplos, temos a Paraíba que tem aliança com o PT, e aqui na Bahia também, e assim vão se caracterizando as exceções”, afirmou.

Eduardo Cunha  Para Lídice da Mata, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que é investigado pelo Conselho de Ética, tem feito uma rede de contatos favoráveis a ele na Casa. “Eu diria que o maior partido que tem no Congresso hoje é o ‘partido de Cunha’. Dizem que tem cerca de 100 deputados que votam a favor dele. É difícil um partido hoje que vote integralmente em uma posição”, disse durante a entrevista.

Operação Lava Jato – A senadora Lídice da Mata criticou a divulgação de conversas telefônicas entre a presidente Dilma Rousseff, o ex­-presidente Lula e aliados políticos, liberadas pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Afirmando prezar pela democracia, defendeu que as investigações sejam feitas com base no que manda a lei e a Constituição Federal. “O País não se constrói com salvadores da pátria. Naquele momento que houve o vazamento de conversas da Presidente, muitos juristas importantes compreenderam que havia um excesso e isso foi reconhecido pelo próprio Moro, que pediu desculpas por não ter consultado o STF. Com isso, vimos que não estávamos errados. Admiro o juiz Moro e bato palmas para a operação Lava­-Jato desde o início. Em meus pronunciamentos, destaco a importância dessa operação para o Brasil, mas tem que ser tudo dentro da lei e da Constituição, pois amanhã ela se volta contra o cidadão comum”, assinalou.

A senadora baiana pondera que o momento é de reflexão e cautela: “Estamos em um momento difícil, reconheço, mas é preciso criar um ambiente de reflexão comum para encontrar um caminho para que o equilíbrio seja restabelecido”.

Assessoria de Imprensa

 

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