Empresa japonesa Kawasaki torna-se acionista do Estaleiro Enseada do Paraguaçu

Empresa japonesa Kawasaki torna-se acionista do Estaleiro Enseada do Paraguaçu

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, formado pelos grupos Odebrecht, OAS e UTC, anunciou, hoje (4), a participação da empresa japonesa Kawasaki Heavy Industries Ltd. (KHI) no consórcio que administra o EEP. A cerimônia de criação da joint venture, na qual a Kawasaki torna-se sócia efetiva do EEP, com 30% de participação no empreendimento, e o compromisso de transferência de tecnologia foi realizada na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, com a participação do governador Jaques Wagner.

Durante a cerimônia, o governador Wagner disse que a participação da Kawasaki no EEP possibilita ao estaleiro se colocar, “se não como o melhor, pelo menos entre os três melhores estaleiros instalados ou a ser instalado no Brasil”. Wagner garantiu aos diretores da companhia japonesa, que tem mais de 50 subsidiárias nas principais cidades do mundo e emprega mais de 32 mil pessoas na indústria naval, o apoio do governo da Bahia para que o estado retome a posição que detinha na indústria naval brasileira, perdida há décadas.

“A Bahia já teve uma tradição destacada na indústria naval brasileira, que foi perdida”, lembrou Wagner. “Foi uma luta de anos para tentar recolocar a Bahia dentro do parque da indústria naval”, explicou, acrescentando que “agora, com o novo estaleiro, a posição será retomada neste excepcional momento”. Para o governador, a construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, já em fase de terraplanagem, “vai impactar fortemente o recôncavo baiano e a região, tanto na geração de emprego quanto na cadeia produtiva ligada à indústria naval”.

Para o presidente do EEP, Fernando Barbosa, ter a Kawasaki como parceira garante transferência tecnológica para o desenvolvimento da indústria naval brasileira e a capacitação da mão de obra com o mais alto nível de excelência, na construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. Ele agradeceu ao governador Wagner pelo apoio e incentivo à indústria naval brasileira. Barbosa destacou, ainda, que o EEP já nasce com uma encomenda de porte. Seis sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras já foram contratadas ao estaleiro pela Sete Brasil, companhia de investimentos especializada em gestão de portfólio de ativos voltado para o setor de petróleo e gás.

O EEP tem investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. O estaleiro será localizado no município de Maragojipe (BA), a 23 milhas náuticas de Salvador (aproximadamente 42 quilômetros). As obras, atualmente na fase de terraplanagem, deverão ser finalizadas até novembro de 2014. Somente em 2012, a expectativa é que o EEP consolide uma carteira de contratos de aproximadamente R$ 9 bilhões, que incluem clientes como Petrobras e Sete Brasil (companhia privada criada recentemente pela própria Petrobras para administrar sondas do pré-sal).

Em plena atividade, o estaleiro poderá processar 36 mil toneladas de aço por ano para fabricação, até simultânea, de diferentes tipos de embarcações, como sondas e FPSOs. A previsão é gerar 3 mil empregos diretos durante a construção e 5 mil após início da operação do estaleiro, além de 10 mil indiretos. A área total ocupada do empreendimento será de 1,6 milhão de metros quadrados, dos quais 400 mil serão voltados para preservação ambiental.

Com informações da Ascom/Governadoria

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