A terceira fase do Minha Casa, Minha Vida vai encarecer as prestações da casa própria. Assim que a nova etapa do programa for lançada, além de arcar com juros mais caros, os brasileiros terão que desembolsar ao menos 10% da renda mensal para comprar um imóvel. O reajuste eleva para R$ 80 mensais a prestação mínima, oferecida às famílias de baixa renda. É um aumento de 220% em relação ao valor cobrado até o ano passado, quando era possível realizar o sonho da casa própria com até R$ 25 mensais.
O reajuste foi confirmado pelo Ministério das Cidades. Por nota, a pasta informou que todas as faixas do programa de moradia popular passarão por mudanças. A faixa 1, que atendia famílias com rendimento mensal de até R$ 1,6 mil, passará a beneficiar quem ganha até R$ 1,8 mil. Já as parcelas, que antes valiam de R$ 25 a 5% da renda, valerão de R$ 80 a 15% do rendimento. Nas famílias que ganham até R$ 800, o valor mínimo será fixado em R$ 80. A prestação sobe para 10% da renda quando o rendimento vai de R$ 800 a R$ 1,2 mil e para 15% nos orçamentos de 1,2 mil a R$ 1,8 mil.
A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, já havia reconhecido que o governo estudava a possibilidade de elevar as parcelas mínimas do programa. Ela explicou que, ao contrário do valor dos imóveis e do rendimento da população, as prestações não haviam sido reajustadas desde o lançamento, em 2009. Belchior ressaltou ainda que o reajuste não altera o subsídio dado pelo Governo Federal na compra das moradias.
Para os beneficiários com rendimento de até R$ 1,8 mil, este subsídio vai até R$ 45 mil. O valor será o mesmo na faixa 1,5, que será criada na terceira etapa do programa para atender as famílias que ganham de R$ 1,8 mil até R$ 2.350 mensais. Já nas faixas 2 e 3, o subsídio fica na isenção de juros, que, por sua vez, também subiram. Desde 4 de janeiro, a taxa vai de 5,5% a 8,16%, de acordo com a Caixa Econômica Federal. Anteriormente, ficava entre 5% e 7,16% ao ano.
Promessa de campanha da presidente Dilma, a terceira eta pa do Minha Casa, Minha Vida ainda não foi lançada porque o Governo está definindo as novas regras de uso do Orçamento. Por isso, as famílias da faixa 1 ainda não podem celebrar contratos. Já as da faixa 2 e 3 continuam negociando com a Caixa. Nesse caso, o rendimento mensal vai de R$ 3,6 mil a R$ 6,5 e o valor dos imóveis de RS 90 mil a R$ 225 mil.(Com informações da Folha de PE)