PAIS ACAMPARAM NAS PORTAS DE ESCOLAS DE PETROLINA NA BUSCA DE VAGAS PARA FILHOS

Falta de vagas nas escolas estaduais de Pernambuco exige que pais acampem em pátio de escolas para garantir vagas para os filhos. Em Petrolina, muitas das escolas não disponibilizam vagas suficientes para atender os alunos novatos do Bairro. É o exemplo da Escola Estadual Amorim Durando, no Bairro Rio Corrente.
Pais montaram acampamento na madrugada de sábado (09), com o intuito de garantir um lugar na fila e pegar a ficha para inscrever seus filhos. A Secretaria Estadual de Educação disponibilizou a matrícula online com a finalidade de dinamizar o processo de admissão de novos estudantes, mas, na prática, os responsáveis não tiveram a garantia da vaga.
Na fila desde a última sexta-feira (09), Jackson Oliveira, se revolta com a situação. “Esse é o retrato do abandono da educação no nosso Estado. É um descaso, pois a população está crescendo e as escolas não estão seguindo o ritmo para atender a demanda. É inadmissível que nós trabalhadores, que pagamos nossos impostos, temos que sofrer para garantir um direito Constitucional aos nossos filhos”.
Alexsandra Nunes, mãe de aluno, chama a atenção do Governo do Estado. “A dificuldade é imensa, e tem muita gente que está aqui há dias e ainda não vai conseguir a vaga e vai sair revoltado e com razão. Tem série que não há nem vaga disponível e o poder público não faz nada pôr a gente. Todo ano é o mesmo descaso”. Muitos pais questionam o porque o Governo não amplia as escolas, já que muitas dispõem de espaço físico. “Pedimos ao Governo do Estado que olhem para os alunos de Pernambuco”, disse.
Iago Wisly, de 15 anos, foi um dos primeiros a entrar na fila em busca de vaga para o 9º ano, mas não teve a garantia. O máximo que conseguiu foi o primeiro nome na lista do quadro de reserva. “É um absurdo, estou aqui acampado, não consegui dormir, passei a noite em claro e ainda assim não consegui garantir a minha vaga na escola. Isso não deveria está acontecendo, cadê o governador que disse que a Educação é uma prioridade de seu governo? Quero estudar porque o estudo é o nosso futuro”, reclama.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Comunicação do Estado, em busca de uma justificativa da Gerência Regional de Educação (GRE) e aguarda posicionamento.

GRFM

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