A luta dos brasileiros por uma escola pública de qualidade tem ganhado novos contornos na atualidade, não só pela crescente democratização das relações sociais no país, mas, também, pelas exigências do mundo do trabalho – cada vez mais competitivo – e pela conscientização da sociedade quanto ao ingresso da humanidade na era do conhecimento – onde a educação constitui um dos principais instrumentos de rompimento com a exclusão social.
Se, por um lado, ainda não é possível afirmar que a educação pública básica do Brasil garante, a todos os brasileiros e brasileiras, um nível de aprendizado capaz de igualar as condições de acesso de seus estudantes às universidades públicas e às vagas de empregos mais concorridas; por outro, a organização dos trabalhadores e da comunidade escolar tem pressionado mudanças no sentido de reverter essa realidade, bem como de garantir uma educação humanística, voltada à construção de uma sociedade justa e solidária. A educação pública de qualidade é uma obra da sociedade. O grande problema do Brasil é a desigualdade. Não aprendemos a ensinar a todos.
A ideia de que todas as escolas públicas do país são ruins e precárias é completamente equivocada, ultrapassada. Existem excelentes escolas públicas em todos os estados brasileiros. No entanto, elas dificilmente aparecem porque é muito mais fácil para a imprensa ou órgãos de pesquisa perceber as falhas do que os acertos.
Parece feio mostrar que uma escola pública do interior do Estado da Bahia tem professores muito bem qualificados, coordenação eficaz, tem uma gestão democrática ou um grupo significativo de alunos foi aprovado nas melhores Universidades Públicas do país. Não deve ter graça, por isso, ninguém mostra. Mas ridicularizar os erros dos alunos no vestibular e instituir ranking para escolas todo mundo faz.
É para mostrar o contrário disso que estamos aqui, vamos comemorar o nosso aniversário em alto estilo, tornaremos ainda mais público que escola pública de qualidade existe e aqui em Juazeiro este nome é Modelo.
Para Rubem Alves há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. As gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo, já as escolas que são asas cultivam os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
E é por isso e para isso que o Colégio Modelo existe, para encorajar o voo alto de todos os pássaros que pousam por lá. É lutando pela garantia de um nível de aprendizado capaz de igualar as condições de acesso de seus estudantes às universidades e às vagas de empregos que fazemos efetivamente educação pública de qualidade.
De modo especial e honorável agradeço carinhosamente a todos os alunos, professores, coordenadores e funcionários que fazem o colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães existir, e de modo muito particular, provar que ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE EXISTE!
*Normeide Almeida Carvalho – Gestora