Escurinho de cinema, cheirinho de pipoca no ar e adolescentes ansiosos para que começasse o Cine Inclusivo no CRAS do Bairro Malhada da Areia, na tarde desta quinta-feira, 15. A ação foi promovida pela Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social (SEDIS), através da Gerência Social Básica.
Os adolescentes fazem parte do projeto áudio – visual de inclusão social. Uma ideia do Benefício de Prestação Continuada na Escola. Um de seus objetivos é levar o mundo das pessoas com deficiência para a comunidade. “Cada pessoa com deficiência vive barreiras diferentes e nós estamos tentando desmitificar algumas coisas em relação a elas.
Hoje trouxemos uma grande reportagem falando sobre o namoro da pessoa com deficiência e vamos mostrar o que acontece quando ela é cadeirante e ele não, e vice versa”, explicou o Coordenador do BPC, José Wilson.
O público do “cinema” assistiu tudo atentamente. A matéria mostrava o cotidiano de um casal em que o rapaz havia ficado deficiente após um acidente de trânsito e três meses depois começou a namorar com uma moça que não possuía deficiência alguma. Segundo o casal, nada impedia que a relação seguisse normalmente, como acontece com outros casais sem deficiências. Hoje eles estão juntos há três anos e três meses.
Após assistirem à reportagem, os adolescentes que participam do serviço de convivência foram chamados à reflexão. Para Jecivaldo dos Santos, um dos adolescentes, disse que achou muito bom, que tirou dúvidas que ele tinha e que, a partir de agora, já vai olhar uma menina que tenha alguma deficiência sabendo que é possível ter uma vida normal ao seu lado. “A gente viu que não tem nada de errado, é possível namorar do mesmo jeito. Mas é porque as pessoas têm muito preconceito mesmo com gente deficiente”, disse Jecivaldo, atento ao preconceito que, caso não seja tratado, pode acabar por se tornar uma deficiência de caráter.
Por Ramáiana Leal/ SEDIS

