Após repercussão dos votos contrários à aprovação do projeto de Lei nº 3.159/2015, de autoria do Executivo Municipal, que autoriza a dedução no valor de serviços sobre o recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) na prestação de serviços relacionados à construção do Juá Shopping, os vereadores José Carlos Medeiros (PV) e Bené Marques (PSDB) se pronunciaram em sessão da câmara de Juazeiro, esclarecendo polêmica sobre votos contrários a tal projeto.
“A população já tem uma imagem distorcida a respeito dos políticos. Se os próprios companheiros não mantém uma coerência nos discursos, fica ainda mais difícil mostrar credibilidade à população. Não somos inimigos, temos que nos unir, independente do partido.
Apesar das críticas, temos que manter o respeito aos companheiros. Na votação de ontem, fomos mal interpretados: não somos contra o projeto, mas sim contra a falta de transparência neste sobre como o processo será conduzido. Não somos “da turma do contra ao progresso”, como disseram na sessão anterior. A política não deve ser somente partidária. Todos somos a favor não só do shopping, como também do progresso de Juazeiro”, declara Bené.
O vereador Medeiros completou o discurso do companheiro de bancada afirmando: “Muitos vereadores apoiam tudo que o executivo envia sem medir as consequências dessas ações. O nosso voto foi em torno da falta de transparência no texto do projeto para esclarecer quais empresas serão beneficiadas nessa isenção, assim como ocorreu com o repasse à UPB (União das Prefeituras da Bahia) e o texto foi modificado, ficando muito bem esclarecido à população qual repasse a prefeitura pretende enviar à Instituição. Não podemos votar sem saber o que é. Precisamos fiscalizar o que estão fazendo com os recursos do município”.
E o vereador questiona ao finalizar o discurso: “Quais as empresas e empresários que colocarão as mãos nesse bônus durante um ano? Estamos solicitando há tempos que essas questões sejam resolvidas. Aprovamos todos os bons projetos para o município, só votamos contra os projetos que vieram malfeitos”, encerra.
Por Laiza Campos