INSTALADO GRUPO DE TRABALHO PARA TRANSFORMAR A RESERVA TATU-BOLA ÁREA SUSTENTÁVEL

blogqsp.Tatu bolaAtendendo demanda da sociedade local, a maior reserva de Caatinga de Pernambuco, com 110 mil hectares, em processo de implantação em Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, será classificada como APA – Área de Proteção Ambiental, categoria de uso sustentável, para conciliar proteção ambiental com atividades econômicas. 

As secretarias estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) realizaram sexta-feira (28 de agosto), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em Petrolina, reunião de instalação do grupo de trabalho interinstitucional criado pela Portaria Conjunta nº 03, de 20/07/15, que tem como objetivo propor adequações ao Decreto Estadual nº 41.546, de março de 2015, que criou o Refúgio da Vida Silvestre Tatu-bola – maior unidade de conservação (UC) no bioma caatinga de Pernambuco, com 110 mil hectares.

A iniciativa de criação do GT pela Semas foi articulada em atendimento à solicitação de representantes da sociedade civil dos três municípios em que a unidade faz parte: Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, na região do sertão do Estado. 

Após a reunião de hoje, coordenada pelo secretário estadual de Meio Ambiente Sérgio Xavier, ficou definido que o GT fará reunião na próxima semana em Lagoa Grande para definir a categoria da reserva como Área de Proteção Ambiental – APA, que possibilita Uso Sustentável, mais adequado para terras com atividades agropecuárias. Com a resolução fica mantido o objetivo de conciliar a preservação ambiental com as atividades produtivas já existentes na região.

Na próxima semana o GT se reunirá para definir os passos formais dessa transição. Em seguida, o grupo criará um mosaico com perímetros de proteção integral, sem conflito com atividades produtivas e agropecuária. O grupo de trabalho é formado por representantes indicados por 25 instituições. Os representantes serão responsáveis pela compatibilização das necessidades socioeconômicas com a conservação dos recursos naturais. Fazem parte do GT técnicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil e do poder público municipal, estadual e federal.

Entre eles estão: prefeituras, universidades, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), os conselhos de desenvolvimento rural sustentável, conselhos de meio ambiente e as câmaras municipais dos três municípios que abrangem a unidade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sindicato dos trabalhadores rurais da região, entre outras.”O processo de aprimoramento do Decreto para implantação da nova unidade de conservação será realizado de forma intensamente participativa, como ocorreu na reunião de hoje”, destacou Sergio Xavier.

A Unidade de Conservação Tatu-Bola representa um marco na preservação da biodiversidade e permite reunir a existência de propriedades privadas e os interesses da população de forma compatível com a proteção ambiental. A área se caracteriza pela presença do bioma caatinga, um patrimônio biológico que não é encontrado em nenhum lugar do mundo além do Nordeste e cuja proteção necessita ser ampliada para atenuar os efeitos de secas mais intensas, previstas com o aquecimento global.

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