Célia Regina : plano B do PT, pra bater chapa com Bandeira

 

A semana que passou foi de intensa efervescência política em Juazeiro, diante de dois fatos que marcaram a semana. O primeiro, o envolvimento do nome do deputado Roberto Carlos (PDT), no escândalo dos funcionários fantasmas da assembleia, sob investigação da polícia federal e do  ministério público estadual, e já amplamente divulgado pelo imprensa. O outro, o anuncio em coletiva de imprensa, do nome da então secretária do governo Isaac, Célia Regina, para bater chapa num possível conclave petista para escolha de um nome próprio de candidatura, na disputa com o ex-deputado e suplente, Joseph Bandeira. Mais que ações isoladas e desconexas de militantes do PT, o anúncio da desincompatibilização da Secretária Célia Regina, foi a opção do partido a teimosia ( mesmo sendo legítima) de candidatura de Joseph Faria Bandeira, já nas ruas de Juazeiro a muito tempo.

A decisão, de sair, que não era do agrado, nem do conhecimento de Célia Regina, foi tomada pelo secretário Paulo César Lisboa, Secretário de Relações Institucionais do Governo Wagner, o homem que fala pelo governador com os políticos na Bahia e pela direção estadual do PT, leia-se Jonas Paulo. Segundo ela, a conversa com o Presidente Jonas Paulo e o Secretário foi: “Coloque-se à disposição, porque você pode ser ou não”. Nem precisariam dizer mais.

 Considerada um quadro extremamente disciplinado, a Secretária Célia Regina, no ano e quatro meses em que exerceu função, não se deixou levar pela individualismo, o que fez questão de ressaltar na manhã de hoje: “Vim com ímpeto, com essa vontade, muito incentivada pelo governo do estado da Bahia,  pela direção estadual e uma parte considerável do PT municipal, com a intenção de consolidar o projeto que muda o Brasil e a Bahia a cada dia e que aqui em Juazeiro  , hoje encabeçado pelo Partido Comunista do Brasil. Nós percebemos que o governo Isaac Carvalho tem  comprometimento com nossos projetos”.

Assim como recebeu “do partido a orientação de vir para cá”,  recebeu e acatou  a missão de sair e disputar  indicação de vice dentro do partido. Disso conclui-se: O PT estadual e o governador decidiram, com a aceitação do PC do B, que a vice de Isaac será do PT;, segundo, o PT não terá candidato próprio. Se a vontade e o projeto individual de Bandeira prevalecerá isso será decidido dia 29 e não mais dia 22 de abril.

A aposta do PT que decide é feita em várias frentes: Adiamento, até onde der, da decisão de escolha entre candidatura própria e ou apoio a Isaac. Cada dia é um tormento para o ex, que não sabe segurar-se e já enfia os pés pelas mãos com cartas, declarações e busca de apoios, no mínimo, desrespeitosas ao partido;  convencimento dos 22 delegados, tendentes ou comprometidos com Bandeira; liberação das verbas para a continuidade ou inicio de obras prometidas e uma grande ofensiva publicitária mostrando realizações e identidade com os propósitos do PT. Nas ruas e no partido tudo é feito para mostrar cada vez mais o quanto Bandeira é distante de um petista de verdade.

Se vai dar certo ou não é difícil arriscar, o certo é que o exemplo de Célia terá mais poder de convencimento junto aos militantes e delegados, sempre prontos a elogiar a disciplina partidária, que as possíveis defecções, os números fantasiosos de pesquisas que nunca ninguém viu e as candidaturas postas no PT, como a de Gaspar e Bento. 

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