EQUIPES DO CENTRO POP E CREAS REALIZAM ABORDAGEM SOCIAL NAS RUAS DE JUAZEIRO

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As equipes do Centro de Referência Especializado para População em situação de Rua (Centro Pop) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) realizaram nesta segunda-feira (20), abordagem social na Orla 2, no Camelódromo e na área da Feira Livre de Juazeiro.

De acordo com a gerente de Proteção Social Especial da Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social – SEDIS, Fátima Carvalho, a atuação da Assistência Social é para esclarecer essas pessoas dos seus direitos e deveres sociais e informá-las sobre os serviços públicos que elas podem acessar, na tentativa de convencê-las a utilizarem tais serviços.

“Realizamos essas abordagens com frequência e agora com a contratação das novas equipes retomamos o cadastramento destas pessoas para que elas procurem o Centro Pop e tenham acesso à documentação oficial, Cadastro Único para Programas Sociais, atividades socioeducativas e artísticas, além de utilizarem o equipamento para alimentação, higiene pessoal e lavar suas roupas”, explicou a gerente.

Fátima ressaltou ainda que nesses momentos, são passadas informações sobre o trabalho do Centro Pop, como o atendimento com psicólogo, assistente social, advogado, educador social, monitor e orientador social, além de articular ações com outros serviços públicos e encaminhamentos para atender demandas emergenciais verificadas na abordagem.

O morador de rua Sidinei Borges, de 41 anos, natural de Senhor do Bonfim, disse que há três meses está morando nas ruas. “Faço alguns bicos como carregador no Mercado do Produtor e também como lavador de carro, mas o dinheiro não dá para pagar o aluguel de um quarto, então o jeito é dormir nas ruas. Morei em São Paulo nove anos, trabalhei como segurança, carregador, vigilante, mas o álcool me deprimiu e aí deixei meus filhos com a mãe e resolvi voltar para Bahia. Minha vontade é de arranjar um emprego e sair dessa situação”, afirmou Sidinei, que durante sua passagem pelo Centro de Recuperação, aprendeu também a fazer origami, a arte japonesa de dobrar o papel, para criar objetos e esculturas.

O senhor João Freire, de 50 anos, há 20 morando nas ruas, afirmou que não acredita que vai sair dessa situação. “Já tive várias profissões nesta vida, mas o ser humano é cheio de ilusões, vai em busca de melhorar e aí as coisas não acontecem. Eu deixei minha família no Ceará e hoje ando pelo mundo” relatou João, que aprendeu nas ruas a fazer artesanato com material reciclável.

“Muitas destas pessoas já são cadastradas e recebe apoio do Centro Pop, outras estão sendo feitos novos cadastros. Estamos nas ruas com as novas equipes para atender toda a demanda das pessoas em situação de rua”, finalizou a assistente social do Centro Pop, Elizete Freire.

Por Emanuelle Lustosa/SEDIS

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